Aena detalha evolução das obras de requalificação e expansão do Aeroporto do Recife; conclusão está prevista para outubro de 2023

Projeto começou a ser executado no último mês de março e, hoje, emprega diretamente 650 pessoas. A companhia europeia estima, contudo, que o número de trabalhadores atuando na ampliação do equipamento pode chegar a 1.300
Renata Monteiro
Publicado em 03/11/2022 às 16:52
INVESTIMENTO Cerca de 60% dos mais de R$ 2 bilhões investidos nos seis aeroportos administrados pela Aena no Nordeste, até o final do ano que vem, serão empregados no terminal do Recife Foto: Renata Monteiro/JC


A conclusão das obras de expansão do Aeroporto Internacional do Recife - Gilberto Freyre, inicialmente prevista para junho de 2023, deve ocorrer apenas em outubro do ano que vem, conforme projeção feita nesta quinta-feira (3) pela empresa espanhola Aena, que administra o terminal. O projeto começou a ser executado no último mês de março e, hoje, emprega diretamente 650 pessoas. A companhia europeia estima, contudo, que o número de trabalhadores atuando na ampliação do equipamento pode chegar a 1.300.

De acordo com o diretor-presidente da Aena no Brasil, Santiago Yus, cerca de R$ 2 bilhões serão investidos nos seis aeroportos administrados pela empresa no Nordeste até o final do ano que vem. Por volta de 60% deste montante, declarou o executivo, serão destinados às obras do terminal da capital pernambucana.

"A gente está vivenciando a maior transformação da história do Aeroporto do Recife, onde vamos ter ações em todos os sistema aeroportuários, área do check-in, canal de inspeção, área de embarque e desembarque, pista de pouso e decolagem, taxiways, tudo para trazer mais conforto tanto para as linhas aéreas quanto para a experiência do nosso passageiro. No período da obra, a gente pode experimentar algum incômodo, mas já pedimos desculpas a todos os nossos clientes, porque o futuro por chegar é muito positivo", afirma Yus.

Renata Monteiro/JC - A Aena Brasil apresentou atualizações das obras de requalificação e expansão do Aeroporto do Recife nesta quinta-feira (3/11)

A companhia afirma que entre 35% e 40% das obras previstas para o terminal já foram executadas, como a estrutura de algumas lojas e banheiros, por exemplo. Neste momento, a maior parte das intervenções está sendo feita na área externa do aeroporto, como na pista de pouso e decolagem, que foi dividida em três trechos para facilitar a logística das obras. O trecho central, que tem 2.100 metros já está sendo requalificado - o primeiro trecho já foi concluído. 

Para garantir o desenrolar do serviço sem impactos para a operação, o Aeroporto do Recife não está funcionando das 1h30 às 6h45 desde o mês de março, mas os voos que ocorriam dentro desta janela foram remanejados para outros horários. "A gente já negociou com as companhias aéreas que, durante a obra da pista, o aeroporto estaria fechado por cinco horas de madrugada. No dia 10 de dezembro retomamos a operação habitual, para que na temporada de pico consigamos ter o nível de operações que a gente deseja", explica o presidente da Aena no Brasil.

Além dessas modificações, o Aeroporto do Recife terá uma área de embarque 7 mil m2 maior, novas pontes de embarque, mais 24 posições de check-in, pistas recapeadas e com novas áreas de escape, pátio com capacidade para receber mais aeronaves, novas 850 vagas de estacionamento, além de contar com a transformação do antigo posto médico do em uma mini unidade hospitalar, com salas de consulta e de trauma, necrotério e saída de ambulância, por exemplo. Serão mais de 24 mil m2 em áreas novas, inclusive um píer internacional reversível.

Renata Monteiro/JC - A Aena Brasil apresentou atualizações das obras de requalificação e expansão do Aeroporto do Recife nesta quinta-feira (3/11)

A expectativa da Aena é que o Aeroporto do Recife encerre o ano de 2022 com o número de usuários próximo do seu recorde, que foi de 9 milhões em 2019. Após as atualizações, espera-se que o equipamento consiga receber quase 15 milhões de pessoas.

"Este vai ser um aeroporto que não tem restrição para operar com nenhuma área do mundo. O Recife, pela sua situação geográfica e pela capacidade que tem como hub, tem que ter um aeroporto que possa se comunicar com qualquer continente. Em termos de segurança e de qualidade de serviço, ele vai atingir todas as normas internacionais", observa Santiago Yus.

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