Solidariedade e oportunidade de negócios marcam leilão para comemorar os 30 anos da Agro FTI

Plateia lotada, olhos atentos aos animais expostos, solidariedade e diversas oportunidades de negócios. Assim foi o leilão que marcou os 30 anos da Agro FTI (Fazenda Três Irmãos), realizado neste sábado (5 /8), na Fazenda Caroatá, em Gravatá, no Agreste de Pernambuco.

Para arremate, 33 carneiros e ovelhas da raça Santa Inês, pertencentes a dez criadores de todo o País. O primeiro lote apresentado foi um carneiro doado pela Agro FTI ao GAC-PE (Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer de Pernambuco).

“São três décadas de muitos desafios e conquistas, que estamos celebrando com criadores de todo Brasil. Temos feito um trabalho na raça Santa Inês que nos coloca, pelos últimos sete anos, como o maior criador do ranking nacional. E, para ser ainda melhor, uma comemoração com solidariedade. Uma parceria muito importante com o GAC-PE para ajudar no tratamento dessas crianças atendidas pela entidade”, afirmou o empresário João Carlos Tavares de Melo.

O maior lance pelo animal foi dado pelo empresário e presidente do Grupo JCPM, João Carlos Paes Mendonça, que o arrematou e doou ao GAC-PE. O gesto foi comemorado pela representante da entidade, que destacou como a doação vai ajudar financeiramente a instituição.

“Nós do GAC-PE estamos muito felizes com o convite e a oportunidade de receber essa ajuda. É a primeira vez que participamos de um leilão. Fomos surpreendidos alegremente com esse convite. Todo o valor doado, tanto com a arrecadação da entrada quanto do animal leiloado, será revertido para o GAC. Com ele, poderemos dar continuidade ao trabalho que desenvolvemos com nossas crianças”, afirmou a gerente do GAC-PE, Carolina Barbosa.

O GAC-PE atende diariamente quase 100 crianças, sendo 70 atendimentos ambulatoriais e outros 24 em internações. As crianças recebem café da manhã, almoço e lanche, além de medicamentos, realização de exames e cestas básicas.

LEILÃO MARRÃ DO FUTURO 2023 É REEDITADO EM HOMENAGEM

O leilão aconteceu na Fazenda Caroatá, fundada pelo empresário Luiz Felipe Brennand (1995-2017), em Gravatá. A Agro FTI fez uma homenagem ao reeditar o Leilão Marrã do Futuro 2023, que foi criado por Brennand, na década de 90, e considerado um marco da implantação da raça Santa Inês no Nordeste.

A FTI ofereceu mais de 30 animais de alta linhagem (puro de origem) com preços fixos como uma homenagem à parceira da FTI com a Coroatá. Além do leilão, o pesquisador Saul Gaudencio Neto, que liderou o projeto de clonagem de FTI Vicente TE 1669 no laboratório Fortgen Biotecnologia Animal, de Fortaleza (CE), realizou uma palestra.

COMEMORAÇÃO PELOS 30 ANOS DA AGRO FTI

O leilão fez parte das comemorações das três décadas da Agro FTI, empresa premiada e reconhecida nacionalmente pela performance genética nas raças de bovinos Sindi e Nelore, e de ovinos Santa Inês.

A empresa, liderada pelo empresário Marcelo Tavares de Melo, realizou diversas atividades durante o fim de semana em sua sede, localizada em Bezerros, para comemorar as três décadas. Na programação, o Concurso Touro do Futuro FTI e o leilão virtual de Touro FTI 30 Anos com animais das raças Sindi e Nelore do plantel da empresa.

Agro FTI, uma das melhores do Brasil, completa 30 anos de história

E fechando os dias de comemoração, uma palestra com o presidente do Grupo Masterboi, Nelson Bezerra, sobre a nova planta frigorífica inaugurada em Canhotinho, também no Agreste pernambucano, e a apresentação das doadoras e time pista FTI.

Durante o leilão, o empresário Marcelo Tavares de Melo relembrou a história da Fazenda Três Irmãos, que começou nos anos 1990 com a compra de três carneiros na tradicional Exposição de Animais do Recife, realizada anualmente no Parque de Exposições de Animais, no Cordeiro, Zona Oeste da capital pernambucana.

“Quem diria que tudo começou de um passeio com meus filhos na Exposição de Animais, quando compramos três animais e começamos a criação. Não eram animais puros, mas no ano seguinte já começamos adquirindo os puros de origem e a fazer um grande trabalho na nutrição, genética e pastagem. Viajamos para fora do País e trouxemos outras raças. Assim, seguimos trabalhando para tentar democratizar a produção com a raça Sindi, que é ideal para o Nordeste porque sobrevive com mais facilidade”, afirmou.