Em meio à pandemia, Campeonato de Xadrez vai para 3ª rodada

A pandemia do novo coronavírus paralisou diversas competições. Não é o caso do Torneio de Candidatos de Xadrez
Karoline Albuquerque
Publicado em 18/03/2020 às 18:22
Uma das orientações é que os jogadores não são obrigados a se cumprimentar antes e depois das partidas. Foto: DIVULGAÇÃO/FIDE


Várias disputas esportivas pararam pelo mundo por causa da pandemia do novo coronavírus, incluindo competições de e-sports. Não é o caso do xadrez. O Torneio de Candidatos da modalidade começou na terça-feira (17) e segue até o dia 3 de abril, na cidade russa de Ecaterimburgo, já do lado asiático do país, a mais de 1,7 mil km da capital Moscou. Para evitar a propagação de Covid-19, torcedores não terão acesso à arena de jogos.

Nesta quarta-feira (18), quatro jogadores tomaram a ponta da competição. Fabiano Caruana (EUA), Ian Nepomniachtchi (Rússia), Maxime Vachier-Lagrave (França) e Wang Hao (China) lideram, com a soma de 1.5/2, seguidos por Alexander Grischuk (Rússia), com 1 ponto. Anish Giri (Holanda) e Kirill Alekseenko (Rússia) têm meio ponto. O chinês Ding Liren (China), um dos favoritos, perdeu novamente.

A partida mais longa do dia foi entre Wang e Giri, com duração de quase seis horas. Já na quinta-feira (19), os confrontos definidos são entre Ding x Caruana; Giri x Vachier-Lagrave; Grischuk x Wang; e Alekseenko x Nepomniachtchi.

O vencedor desafiará o grande mestre de xadrez norueguês Magnus Carlsen, no Campeonato Mundial. Jogador a ser batido, ele lidera a classificação da Federação Internacional de Xadrez (FIDE), com 2.862 pontos, e é campeão desde 2013, com quatro títulos. O prêmio desta edição é de 500 mil euros, maior da história do torneio.

Além de não ter espectadores, a federação adotou outras medidas de segurança, como uma enfermaria para checar sintomas de Covid-19 em todas as pessoas presentes no auditório e sabão a base de álcool disponível durante toda a disputa. Máscaras N95 também serão distribuídas e, a depender da situação, visitantes serão obrigados a usar. Os apertos de mão entre os jogadores antes e depois dos jogos se tornaram opcionais.

"Gostaria de destacar que, em termos de segurança e medidas de saúde, o comitê organizador do torneio segue as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS), Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Rospotrebnadzor (órgão de supervisão da proteção dos direitos do consumidor e bem-estar humano na Rússia) e cumpre todos os requisitos", disse o presidente da FIDE, Arkady Dvorkovich.

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