A paralisação do futebol Pernambucano, devido ao surto do coronavírus me todo o planeta, vem afetando não só os clubes da capital, mas principalmente os clubes do interior. Esses que não possuem um suporte financeiro igual ao Trio de Ferro do Recife e acabam sendo bastante afetados pela ausência de jogos. Por isso, os sete clubes se uniram e realizaram uma videoconferência para debater o futuro do Campeonato Pernambucano, como revelou o presidente do Vitória, Paulo Roberto, em entrevista para Maciel Júnior, da Rádio Jornal.
"A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) encontra-se sem funcionamento. Está paralisada. Por sua vez, os clubes fizeram uma videoconferência e de lá saíram algumas opiniões. Reunimos para passar para a FPF e, junto aos clubes, decidir (sobre o futuro do campeonato). Que a competição seja paralisada ou que seja respeitado o que foi feito até agora", disse o presidente.
Paulo Roberto também contextualizou parte do que as equipes do interior de Pernambuco vem passando, revelando que atletas e comissão técnicas de seu clube foram liberados das atividades.
"O que vem acontecendo no Vitória é o que está acontecendo com os clubes do interior. Liberamos os atletas e a comissão. A ideia é atender as medidas do governo e tentar frear a transmissões do coronavírus e isso é muito importante para ajudar. É o futebol trabalhando ao lado da sociedade", afirmou o Paulo.
Evandro Carvalho, presidente da Federação Pernambucana de Futebol, vem enfatizando nos últimos dias que a paralisação do Campeonato Pernambucano é inviável. Tirando conclusão que o estadual realmente vai ser concluído, uma das possibilidades é de que os jogos sejam realizados assim que as atividades do futebol brasileiro retornar. Consequência disso são as situações dos contratos atuais dos jogadores pertencentes aos clubes e, segundo o Paulo Roberto, os clubes não estão preparados para fazer uma extensão de contrato sem ter uma confirmação do futuro da competição.
"O contrato para os clubes que não tem competição nacional se dá até a primeira quinzena do mês de abril, mais que isso é um aditivo. Em 2017, por exemplo, tivemos uma partida que passou 50 dias, que foi a na final do Pernambucano (entre Salgueiro x Sport). Imagine uma competição com quatro à seis rodadas para completar. Como é que ficam os estaduais com as competições nacionais? A gente quer um solução. Como fica o calendário? Ainda teremos que ter um tempo para os atletas se recondicionar fisicamente e depois completar a competição", completou.