A Fifa apoiou a decisão tomada nesta terça-feira pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) e pelo governo japonês de adiar os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, inicialmente previstos para terem início em 24 de julho, assegurando como prioridade a "saúde dos atletas" diante da pandemia do novo coronavírus.
"A Fifa acredita que a saúde e o bem estar de todas as pessoas envolvidas nas disputas esportivas devem ser sempre a prioridade Por isso celebramos a decisão do COI", afirmou o suíço Gianni Infantino, presidente da Fifa, em um comunicado oficial. "A Fifa vai trabalhar diretamente com todas as autoridades responsáveis para que sejam superados todos os desafios que surgirão para a reprogramação do calendário".
O alemão Thomas Bach, presidente do COI, e Shinzo Abe, primeiro ministro japonês, decidiram nesta terça-feira adiar os Jogos de Tóquio-2020 para daqui no máximo um ano, com data máxima para o verão de 2021 no hemisfério norte.
Várias estrelas do futebol internacional apresentaram a sua intenção de disputar os Jogos Olímpicos. Entre eles o francês Mbappé, o brasileiro Neymar - ambos do Paris Saint-Germain - e o espanhol Sergio Ramos, do Real Madrid.
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Infantino afirmou também, nesta terça-feira, que a prioridade é a luta contra o coronavírus. "O futebol está em segundo plano." Para isso, o dirigente pediu total unidade de todas as pessoas que atuam no esporte. "Precisamos seguir todos na mesma direção e trabalhar juntos contra o coronavírus, é a prioridade. Temos de tomar conta disso, o futebol está em segundo lugar. Primeiro temos de ganhar este jogo e depois tratar dos temas do futebol", disse.
O presidente da Fifa afirmou que o trabalho a ser feito para corrigir os danos causados ao futebol deverão ser realizados no futuro. "Voltaremos fortes, com novas ideias, novos formatos e o que o futebol necessitar, mas agora o momento é de lutar contra o coronavírus, todos juntos como uma equipe".
O comunicado do suíço vem um dia depois de apresentar junto à Organização Mundial de Saúde (OMS) uma campanha de conscientização com a participação de grandes jogadores. "É um momento difícil contra um grande oponente e neste momento o futebol deve mostrar solidariedade, unidade, que estamos trabalhando juntos, que somos uma equipe", afirmou Infantino.
"Trata-se de um problema global, o vírus atingiu o mundo. E os problemas globais necessitam de soluções globais, assim como situações excepcionais necessitam de medidas excepcionais", finalizou o dirigente.