O presidente da McLaren, Zak Brown, está cobrando medidas urgentes da Fórmula 1. Preocupado com o futuro da categoria, bastante fragilizada pela pandemia do novo coronavírus, que impediu o início da temporada, com a suspensão de oito provas, e adiou a entrada em vigor do novo regulamento, o dirigente esportivo acredita que o algumas escuderias não irão suportar a atual crise.
Em entrevista à emissora inglesa BBC, Brown pintou um cenário sombrio. “Se eu consigo ver duas equipes desaparecendo por conta do que está acontecendo agora no mundo se não lidarmos com essa situação de forma muito agressiva? Sim”, afirmou. “Na verdade, consigo ver quatro equipes desaparecendo se isso não foi conduzido da maneira correta”.
A McLaren Racing mandou boa parte de seus funcionários de volta para casa. Zak Brown e os pilotos Carlos Seinz e Lando Norris se ofereceram para ter redução em seus salários durante a presente crise.
“A medida visa assegurar que nossos empregados voltem a trabalhar em ritmo normal, assim que a economia se recuperar”, afirmou a McLaren em um comunicado sobre a paralisação de suas atividades.
Vale lembrar que a McLaren foi a primeira equipe a sentir os efeitos do novo coronavírus, após um funcionário testar positivo às vésperas do GP da Austrália, em Melbourne, que abriria a temporada de 2020. A tradicional escuderia inglesa resolveu, então, não disputar a prova, que ocorreria no dia 15 de março.
A pandemia de coronavírus pegou "todo mundo de surpresa" na Fórmula 1 e na Federação Internacional de Automobilismo (FIA), afirma o médico brasileiro Dino Altmann. De acordo com o vice-presidente da comissão médica da FIA, nem a categoria e nem a entidade estavam preparados para o surto que se espalhou pelo mundo e acabou cancelando o primeiro GP da temporada, na Austrália.