O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, revelou nesta quinta-feira, após uma reunião por videoconferência do conselho executivo, que a entidade estima arcar com custos de até US$ 800 milhões (até R$ 4,74 bilhões) referente apenas à sua participação na organização dos Jogos de Tóquio-2020, que foram adiados deste ano para 2021 devido à pandemia do novo coronavírus.
"Prevemos que teremos que arcar com custos de até US$ 800 milhões por nossa parte e responsabilidades na organização dos Jogos de Tóquio-2020 adiados", disse Bach. A Olimpíada no Japão, que seria realizada neste ano, passou para 2021 e será disputada entre os dias 23 de julho e 8 de agosto.
Cerca de US$ 150 milhões (R$ 889 milhões) serão repartidos pelos diferentes grupos do Movimento Olímpico, como os Comitês Olímpicos nacionais e as federações internacionais, "para que continuem com as suas atividades e os seus programas de apoio aos atletas", afirmou o presidente do COI. Os US$ 650 milhões (cerca de R$ 3,85 bilhões) serão destinados ao Comitê Organizador de Tóquio-2020, que chegou a divergir abertamente com o COI sobre quem arcará com custos do adiamento.
"Nós agora estamos trabalhando com total engajamento para o sucesso de Tóquio-2020 em 2021 e queremos esses Jogos em um ambiente seguro e saudável para todos os participantes", explicou Bach. "Estamos a um ano e dois meses da abertura destes Jogos Olímpicos adiados. Não devemos alimentar qualquer especulação sobre o futuro".
Na reunião do conselho executivo do COI, ficou ainda decidido que a 136.ª Assembleia Geral vai acontecer em 17 de julho deste ano, sendo que pela primeira vez não será de forma presencial.
Os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados para 2021 devido à pandemia do novo coronavírus, não podem voltar a ser adiados, assim como os Jogos Paralímpicos. Quem fez esse alerta foi o presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, que explicou que a Olimpíada e a Paralimpíada, agora marcadas para o verão (no hemisfério norte) de 2021, não têm "nenhuma" hipótese de voltarem a mudar de data.