Em meio à onda de protestos contra o racismo nos Estados Unidos, o lendário ex-jogador da NBA, Michael Jordan, anunciou nesta sexta-feira que vai doar 100 milhões de dólares para organizações que trabalham pela igualdade racial e justiça social.
O ex-astro do Chicago Bulls, juntamente com sua empresa Jordan Brand, distribuirá esse valor nos próximos 10 anos a "organizações dedicadas a garantir a igualdade racial, justiça social e maior acesso à educação", disse um comunicado divulgado por Estee Portnoy, porta-voz de Jordan.
Michael Jordan, que no passado foi criticado por não se comprometer com causas raciais e sociais, tem sido uma das figuras do esporte que levantou a voz nos últimos dias, aumentando a indignação nacional pela morte do afro-americano George Floyd, assassinado por um policial branco de Minneapolis durante uma operação.
O "Black Live Matters", enfatizou a declaração de Jordan: "Esta não é uma afirmação controversa. Até que o racismo profundamente arraigado que causa o fracasso das instituições de nosso país seja completamente erradicado, permaneceremos comprometidos em proteger e melhorar a vida das pessoas negras".
O crime em que Floyd foi vítima durante uma detenção brutal, na qual ele foi imobilizado por um agente que colocou seu joelho sobre o pescoço da vítima por quase nove minutos, desencadeou as maiores manifestações das últimas décadas nos Estados Unidos, que tiveram a participação de vários jogadores da NBA.
O próprio Michael Jordan, vencedor de seis títulos com o Bulls nos anos 90, divulgou um comunicado no domingo em apoio aos protestos.
"Estou do lado daqueles que estão denunciando o racismo e a violência arraigados contra pessoas de cor em nosso país", disse o ex-astro, agora proprietário do Charlotte Hornets da NBA. "Basta", acrescentou.