Com apenas 17 anos, o então garoto Pelé entrou para a história. O dia 19 de junho era uma quinta-feira e a seleção brasileira buscava uma vaga na semifinal da Copa do Mundo Suécia-1958. Aos 21 minutos do segundo tempo, jovem marcou o recorde na história do futebol ao ser o mais jovem a marcar um gol no torneio da Fifa, diante do País de Gales. Nesta sexta-feira (19), o feito completa 62 anos.
Antes de Pelé, o recorde era do mexicano Manuel Rosas. Em 1930, na primeira Copa do Mundo, aos 18 anos e 93 dias, ele marcou na derrota para a Argentina por 6x3, de pênalti. A jogada de Pelé para substituir Rosas começou com o brasileiro recebendo a bola no peito, de costas para o gol. Ele virou, tirou o marcador e chutou de esquerda. A bola morreu nas redes e Pelé entrou para a história.
Mas, se dependesse do psicólogo da seleção na época, João Carvalhães, nem Pelé, nem Garricha teriam entrado em campo naquele Mundial. "Pelé é obviamente infantil. Ele não tem o espírito lutador necessário. Ele é muito jovem para ser agressivo e responder com a força apropriada. Além disso, ele não tem o senso de responsabilidade necessário para um jogo em equipe", disse, relembrou o site da Fifa.
O jovem jogador do Santos havia machucado o joelho antes da Copa. "Felizmente para Garricha e eu, (Vicente) Feola sempre se guiou por instintos, não especialistas. Ele só assentiu ao psicólogo e disse 'você pode estar certo. Acontece que você não sabe nada de futebol. Se o joelho de Pelé está bom, ele joga", contou o ex-jogador, em sua autobiografia.