ESTADÃO CONTEÚDO
Um dia depois do polêmico adiamento do jogo entre Goiás e São Paulo, pelo Brasileirão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou ajustes em seu protocolo de segurança para a retomada das competições. A entidade ampliou a testagem para o novo coronavírus e confirmou que os clubes poderão realizar os exames em laboratórios locais, e não somente com o Hospital Albert Einstein.
A principal alteração no protocolo é a ampliação dos testes para todos os jogadores inscritos nos campeonatos. Antes, eram testados apenas os atletas relacionados para cada partida. A testagem deve acontecer a cada rodada, com 72 horas de antecedência. A mudança começa para os jogos do dia 14, na sexta-feira.
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Como havia antecipado Walter Feldman, secretário-geral da CBF, em entrevista ao SporTV no domingo, a entidade vai permitir que os times utilizem laboratórios locais para realizarem seus exames. Antes do início do Brasileirão, a CBF havia orientado para que todos os clubes fizessem seus testes no Hospital Albert Einstein.
"Para garantir a logística e a agilidade deste procedimento, os clubes poderão optar entre seguir utilizando o Hospital Albert Einstein ou, se preferirem, optar pela contratação de laboratórios locais, desde que portadores do selo de acreditação laboratorial, outorgado pelas entidades de saúde competentes, e obedecendo aos padrões de teste molecular especificados pelos protocolos", disse a entidade, em comunicado.
A entidade afirmou que vai seguir bancando todos os exames, mesmo aqueles feitos com outros laboratórios. "A CBF reembolsará o valor dos testes aos clubes que optarem pelo laboratório local, tendo como referência o valor estabelecido no contrato celebrado entre a entidade e o Einstein."
Outra alteração é quanto ao prazo para a testagem: "os resultados deverão ser enviados à CBF até 24h antes da partida pelo clube mandante e até 12h antes da viagem pelo clube visitante, o que permitirá que qualquer equipe proceda a troca de eventuais jogadores com teste positivo".
No mesmo comunicado, a entidade pede aos clubes que sigam com rigidez "o cumprimento do Guia Médico para retorno das atividades do futebol brasileiro e da Diretriz Operacional de cada competição, mantendo estrito controle de testagem e avaliação médica permanente".
A entidade decidiu fazer os ajustes em seu protocolo de segurança após a polêmica de domingo. Goiás e São Paulo deveriam ter jogado às 16 horas, no estádio Serrinha, em Goiânia. Mas a partida acabou sendo adiada de última hora, quando os jogadores do time paulista já faziam o aquecimento no gramado, devido a dez testes positivos no elenco goiano para covid-19. Nove foram confirmados pela contraprova.
O Goiás acionou o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para pedir o adiamento do jogo, o que foi aceito pelo tribunal. A polêmica se deveu, principalmente, à decisão em cima da hora. A partida foi suspensa a poucos instantes do apito inicial.
Os casos foram detectados somente no domingo, a poucas horas da partida, por conta de falhas nos testes realizados pelo Hospital Albert Einstein, na quinta. Por consequência, o Goiás precisou refazer os exames na sexta e os resultados saíram apenas no dia da partida, válida pela rodada de abertura do Brasileirão