O técnico da seleção olímpica de futebol da África do Sul, pediu "tratamento humano" e denunciou o "estigma" que seu time sofreu após ser afetado por casos positivos de covid-19 nos Jogos de Tóquio.
O treinador disse que viu "pessoas fugindo" quando se depararam com sua equipe, depois que dois jogadores e um analista de vídeo testaram positivo para o coronavírus no domingo passado, o que levou 21 pessoas consideradas contatos próximos a entrar em isolamento antes do início do torneio.
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"Acho que há uma coisa que precisa ser falada, é a questão do estigma", disse Notoane.
"Muitas vezes, quando as pessoas se deparam com a gente, vemos que fogem (...) como se algo não estivesse bem (...) considero um pouco desrespeitoso", acrescentou após a derrota para o Japão (1-0) na quinta-feira, no primeiro dia do torneio olímpico masculino de futebol.
O treinador exigiu "tratamento humano" aos jogadores, que tiveram de ficar confinados nos quartos e faltar a dois treinos após serem considerados casos de contato próximo com infectados.
"Isto limitou a nossa preparação", insistiu, especificando que não era uma desculpa para justificar a derrota na estreia na competição.
"As regras são as regras", concluiu.
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