Com informações do Comitê Paralímpico Brasileiro
O velocista paraibano Petrúcio Ferreira manteve a escrita de se manter como o homem paralímpico mais rápido do mundo e venceu a prova dos 100m pela classe T47 (para amputados de braço) nesta sexta-feira (27), no estádio Nacional do Japão, em Tóquio. O brasileiro fez o tempo de 10s53, cravando o novo recorde paralímpico, que era até então de 10s57, anotados pelo próprio atleta nos Jogos do Rio 2016.
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Na mesma prova, o carioca Washington Júnior fez 10s68 e conquistou a medalha de bronze, atrás somente do polonês Michal Derus, que ficou com a prata. Já o paulista Lucas Lima, outro brasileiro envolvido na disputa, terminou a prova na oitava colocação, com a marca de 11s14.
Esta é a quarta medalha em Jogos Paralímpicos da carreira de Petrúcio. Nos Jogos do Rio 2016, ele já havia conquistado o ouro nos 100m rasos, e as pratas nos 400m rasos e no revezamento 4x100m rasos T42-47.
"Demorou, mas chegou a hora. Passou em poucos segundos, mas a gente conseguiu finalizar esses cem metros. Estou muito feliz, representando o meu país, o meu Nordeste. Agradeço a todos que me apoiaram a me tonar bicampeão paralímpico. Acabou sendo uma prova difícil para mim devido à lesão que tinha sentido, mas a semifinal ajudou porque me fez quebrar o 'gelo' para minha mente", afirmou Petrúcio, logo após a prova.
De quebra, Petrúcio ainda manteve a marca obtida em Dubai 2019, quando o velocista se tornou o atleta paralímpico mais rápido do mundo, com a marca de 10s42 que registrou na semifinal dos 100m daquela competição.
O velocista, que sofreu um acidente em uma máquina de moer capim quando tinha dois anos e perdeu parte do braço esquerdo, ainda acumula conquistas como dois ouros no Parapan de Toronto 2015 nos 100m e nos 200m, dois ouros e uma prata nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019 e dois ouros no Mundial de atletismo em Dubai, no mesmo ano.
Com esta vitória de Petrúcio, o país chega agora a 92ª medalha de ouro na história dos Jogos Paralímpicos, faltando oito para a 100ª. Ainda são 116 de prata e 107 de bronze. Vale ressaltar que o país está entre as 20 nações que mais medalharam em toda a história do megaevento paradesportivo.