Apostas

CBF pede ao Ministério da Fazenda maior parte do dinheiro das apostas

O secretário-geral da CBF, Alcino Rocha, levou as demandas da CBF para o Ministério da Fazenda

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Eduarda Melo

Publicado em 06/04/2023 às 7:09 | Atualizado em 06/04/2023 às 7:18
Fernando Haddad comenta sobre a situação do piso da enfermagem - Ruy Barbosa/ Agência CNM

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou ao Ministério da Fazenda a demanda de alteração na lei que regulamentará o setor das apostas.



A confederação tem feito também reuniões com os clubes para discutir a distribuição dessas verbas.

LEI DE APOSTAS NO BRASIL

Atualmente a Lei 13.756/18 estabelece que as entidades desportivas do Brasil que concederem suas marcas para as casas de aposta têm o direito de receber 1,63% da receita líquida adquirida através das loterias de apostas.

A lei, que permite que as atividades de apostas aconteçam no Brasil, foi assinada durante o governo de Michel Temer no final de 2018 e previa que a regulamentação acontecesse nos próximos dois anos, podendo ser prorrogada por mais dois.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tinha até o final do ano passado para aprovar as apostas esportivas no país, porém não assinou a proposta.

A ideia da CBF é que percentual de 1,63% seja substituído pelo de 4% sobre a receita bruta.

A confederação também propõe que o repasse financeiro seja reconhecido pelo governo como remuneração pelo uso das marcas de clubes.

Caso isso seja reconhecido, a CBF fica livre da fiscalização de órgãos públicos.

A CBF defende ainda que seja criado um cadastro dos operadores de casas de apostas. A própria confederação seria responsável pelo controle desses cadastros.

Segundo a entidade, o cadastro tem o objetivo de tornar possível a fiscalização dos direitos comerciais e controlar os repasses.

CBF LEVA DEMANDAS SOBRE APOSTAS PARA O GOVERNO

De acordo com o Globo Esportes, o secretário-geral da CBF, Alcino Rocha, levou as demandas da confederação para o Ministério da Fazenda.

As propostas foram levadas à Fazenda por meio da Secretaria de Reformas Econômicas, que consultou a Receita Federal sobre o assunto.

As demandas não foram bem recebidas pela pasta e por isso a CBF está tentando marcar uma reunião diretamente com Fernando Haddad e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A CBF disse ao Globo Esportes que o documento entregue ao governo "ainda é preliminar".

"A CBF esclarece que ainda não vai comentar sobre o assunto. O documento em questão, enviado a pedido do Ministério da Fazenda, ainda é preliminar. É uma questão complexa e sem precedentes. Por isso, será objeto de apreciação por todas as partes envolvidas", disse a entidade por meio de nota.

CBF DISCUTE APOSTAS COM CLUBES

Enquanto a CBF tenta negociar com o Ministério da Fazenda, há uma discursão também com os clubes.

Na semana passada aconteceu uma reunião entre a entidade e representantes dos clubes para discutir a divisão do dinheiro das apostas.

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A proposta da CBF é de que os clubes recebam o repasse de 80% do dinheiro, enquanto 20% ficaria com a confederação.

Os clubes Botafogo, Corinthians, Flamengo, Fluminense, Vasco, São Paulo, Palmeiras e Santos assinaram um texto que exige a participação no debate sobre a regulamentação das apostas.

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