A Comissão Espanhola Antiviolência - órgão colegiado do Conselho Superior de Desporto da Espanha - propôs nesta segunda-feira (5), após reunião no Conselho Superior de Esportes, a aplicação de multa de 60 mil euros (o equivalente R$ 316,8 mil) e veto por dois anos em ambientes esportivos aos quatro suspeitos de pendurar num ponte na capital espanhola um boneco preto com a camisa 20 do Real Madrid, usada pelo atacante brasileiro Vinícius Júnior.
Junto ao boneco inflável, havia uma faixa vermelha e branca - em alusão às cores do Atlético de Madrid - com a frase “Madri odeia o Real”. Os quatro torcedores foram identificados como integrantes de uma torcida organizada e seguem sob investigação do tribunal de justiça por crime de ódio.
A Comissão Antiviolência, que cuida de casos de racismo, xenofobia e intolerância em atividades esportivas , sugeriu também o aumento do valor da multa - de 4 mil euros para 5 mil euros (R$ 26 mil reais) - aos três indivíduos identificados de proferirem insultos racistas contra Vini Jr. no último dia 21 de maio, durante duelo Real Madrid x Valência, pelo Campeonato o Espanhol organizado pela LaLiga.
A Comissão justificou a elevação da multa por "entender que os autores estavam conscientes de que seus atos eram reprováveis e por terem repetido as ações ao longo desta temporada”.
Após a repercussão dos atos racistas sofridos por Vini Jr em 21 de maio - foram ao todo 10 ataques desde 2021 -, a polícia espanhola deteve sete suspeitos: quatro prisões referem-se aos envolvidos no caso do boneco preto pendurado numa ponte em frente ao Centro de Treinamento (CT) do Real Madrid, e os outros foram identificados como torcedores do Valência.