Os clubes da Série C continuam na busca de auxílio financeiro da CBF para este período de pausa por conta da pandemia do novo coronavírus. Nesta quinta-feira (2), o presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, que também é representante dos 20 clubes da Terceirona nas negociações com a instituição, encaminhou à ela um documento com o pedido. O mandatário coral se mostra otimista quanto a um desfecho positivo para as agremiações que, por não receberem cotas de transmissão, passam por mais dificuldades ainda no atual momento.
"A CBF tem sido muito solícita com os clubes da Série C, tanto que com um pedido nosso já conseguimos mudar o regulamento que vinha em mata-mata por muitos anos, em que eles entenderam e acabaram modificando esse regulamento para 2020. Temos um grupo de 20 clubes disputantes e, como representante desse grupo, fiquei incumbido na missão de levar esse pleito à CBF e assim fizemos. Estamos com muita tranquilidade aguardando a resposta, sabendo que a CBF tem se sensibilizado com a dificuldade recente do futebol brasileiro e o impacto que a pandemia tem causado. Certamente ela vai ter essa sensibilidade de ajudar os clubes. Temos uma linha direta e vamos aguarda o diálogo que, certamente, deve ter um desfecho positivo para os clubes da Série C" afirmou Tininho, como é conhecido o mandatário coral.
Uma das dificuldades que, não somente o Santa Cruz, mas as demais equipes no futebol mundial tem enfrentado, é sobre o pagamento dos salários dos jogadores e demais funcionários. Isso porque sem os jogos, para de entrar o mesmo volume de receita. Desta maneira, a ajuda que a CBF pode dar aos clubes da Terceira Divisão será fundamental para cobrir boa parte desses custos. Só que Tininho prefere não atrelar o pagamento à essa verba que virá da entidade. Para ele, a preocupação maior é manter em dia, independente deste valor - não divulgado - ser repassado ou não.
"Não vamos condicionar uma coisa a outra. É claro que toda receita, em um momento como esse, é bem-vinda. Até porque muita coisa da nossa previsão orçamentária foi por água abaixo na questão de patrocinador, receita de sócios, não realização de jogos, então diminui toda a nossa receita, que é muito ligada aos jogos. Aí quando se interrompe isso, você quebra todo um ciclo. Mas não vamos condicionar uma coisa a outra. Temos tido um contato permanente com o nosso elenco, e claro que a gente espera algumas medidas até do próprio governo federal, do que podemos com relação a nossos funcionários, que devem ser vistos com muito cuidado da nossa parte. Também precisamos saber do cenário dos próximos dias, já que não se tem uma notícia sobre a volta. É muito importante essa leitura, para que a gente possa chegar a um entendimento e poder cumprir o que for combinado com nossos atletas e funcionários", encerrou.