O calo vai apertando e cada clube vai achando soluções para minimizar o prejuízo. O Santa Cruz vem tendo uma queda na arrecadação quanto a patrocínios - que, neste caso, foram remodelados para que o valor total seja recebido mais para frente - e sócios. O Tricolor tinha um valor mensal, proveniente dos seus associados, que variava entre R$ 200 mil e R$ 250 mil. No mês de abril, este valor fechou em R$ 80 mil. No pior cenário, uma diferença de R$ 170 mil, ao todo. Números que vão fazendo falta para quitar os pagamentos de jogadores e funcionários no cenário da pandemia do novo coronavírus.
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"Nosso recurso hoje é difícil. Temos em torno de R$ 200 mil a R$ 250 mil por mês na arrecadação de sócios, e isso no mês de abril caiu para R$ 80 mil. Então é uma diminuição substancial dos nossos recursos, mas como disse antes, estamos nos esforçando criando novas formas de receita e diminuindo o custo operacional", explicou o diretor de futebol e membro do núcleo gestor do Santa Cruz, Fred Dias, em entrevista à Rádio Jornal.
Além disso, o Tricolor luta contra os bloqueios que sofre na Justiça de valores que o clube teria a receber, e que ainda estão retidos. Na busca dessa liberação, que vem acontecendo aos poucos, o Mais Querido vai pagando como pode aos jogadores - estes chegaram a um acordo com o clube para uma redução de 30% no salário - e funcionários. Atletas que recebem menos, chegaram a receber até 100% do valor referente ao mês de março. Para outros com vencimentos mais elevados, o percentual pago varia entre 40% a 75%.
"Fizemos os pagamentos dos atletas que ganham um salário mínimo, um salário mínimo e meio, dois salários mínimos, e eles receberam praticamente 100% na carteira, porque o clube cumpre e faz cumprir a Lei Pelé, no tocante às remunerações do seus atletas. Os jogadores que recebem acima de um determinado valor, que esteja vinculado com o direito de imagem, receberam um valor de 40% a 75% do seu vencimento de carteira", comentou Fred Dias.
"A gente vem trabalhando com alguns recursos e viemos mostrando com transparência para nossos atletas e nossa comissão técnica, de que existem recursos provenientes de outra negociações de atletas, outras fontes de receita que terminam sendo bloqueadas. A gente tenta esse desbloqueios, porque os bloqueios atrapalham, mas tentamos resolver esse problemas para poder liberar esses valores, e os atletas estão conscientes da situação, sabem que estávamos honrando todos os compromissos antes da parada. Eles compreendem, estamos conversando todos os dias com eles, e aos poucos vamos conseguindo fazer os pagamentos necessários", acrescentou o dirigente.
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