O presidente do Santa Cruz, Constantino Júnior, participou de mais uma reunião virtual com representantes de clubes da Série C, , na tarde desta terça-feira (9), para discutir a respeito do futuro da temporada após a pandemia e a retomada do futebol. De acordo com o mandatário tricolor, ainda não existe nenhuma previsão para o início da Terceira Divisão, mas, ele, e os demais dirigentes, não querem ser surpreendidos quando a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) definir a data para iniciar a competição nacional.
"Ainda não tem uma data para início da Série C. Até porque estamos falando de vários Estados do País. No Pará, por exemplo, não deve ter a volta dos treinamentos por lá até o início de julho. Então, a partir daí, terá o término do Estadual para iniciar o Brasileiro. Mas já vemos essa movimentação mesmo sem definição clara de data. É como se os motores começassem a aquecer, mas prezando pelo cuidado com a saúde, com as vidas... E sempre com cautela nesse momento. Porém não podemos ser pegos de surpresa, porque temos de entrar bem preparados na competição pois se trata do nosso principal objetivo do ano, que é o acesso", declarou Constantino Júnior, na Rádio Jornal.
Com relação a uma nova ajuda financeira por parte da CBF aos clubes da Série C, o presidente do Santa Cruz revela que vai aproveitar que a entidade anunciou nessa semana o empréstimo para os 40 clubes das Séries A e B para tentar um novo diálogo e abrir possibilidades econômicas. "Nessa reunião (com representantes dos clubes da Terceira Divisão) também conversamos sobre o auxílio que a CBF deu para os clubes das Séries A e B. Isso acelerou o pleito financeiro dos clubes da Série C. A CBF vem se mostrando sensível ao aceitar o pleito de mudar a fórmula da Terceira Divisão, saindo de um mata-mata e passando para uma condição de quadrangulares. Aceitou o pleito de dar os R$ 200 mil para os clubes disputantes (com a paralisação do futebol por conta da pandemia do coronavírus). Desde o início da pandemia, existia a solicitação dos clubes da Série B e só agora que foi atendido. Tão logo resolvendo essa situação da Primeira e Segunda Divisão, vamos procurar dialogar e esperamos ter um aceno quanto a um novo auxílio financeiro, mas também para falarmos de protocolo, condição de volta dos clubes... Pois todos precisam voltar igual para manter a isonomia, todos em condições para que possam subir os quatro que melhor produzirem na Série C", explicou o dirigente coral.
Além do aporte financeiro, que é fundamental nesse momento que o futebol está paralisado, Constantino Júnior ressalta que é fundamental que os clubes tenham condições de 'andar com as próprias pernas' quando as competições retomarem, já que num primeiro momento a captação de receitas com as bilheterias não será possível, pois as partidas serão realizadas com os portões fechados. "Esse é um grande dilema de quem disputa a Série C. Já conseguimos uma roupagem nova, um formato que agrada e nos dá condições de venda (patrocínios) comercialmente falando. Temos de juntar forças não só para pedir, o auxílio é importante como auxílio nessa condição de socorro pela condição da pandemia, mas os clubes precisam conseguir gerar possibilidade de receitas. O mercado está retraído, mas é importante mostrar que vai ser uma boa competição e proporcionar uma boa condição mercadológica para vender placas, busca por televisionamento, já que não vamos ter público nos estádios uma boa parte da competição. É buscar ter criatividade para gerar receitas", contou.
Sem contrato e livre no mercado desde o último dia 30 de abril, o centroavante Victor Rangel tem grandes chances de permanecer no Arruda no restante da temporada. Ao menos é o que garante o mandatário tricolor. "Essa situação está entregue ao departamento de futebol. Sabemos que ele (Victor Rangel) veio de um clube da Série A. Queremos que o atleta fique por aqui, mas não vamos fazer loucura, até porque não é momento para isso. Ele se adaptou bem ao Recife e tem um carinho pelo Santa Cruz. Estamos muito próximos de chegar a um final feliz, mas só podemos anunciar algo com o preto no branco e quando tiver tudo assinado", ressaltou Constantino Júnior.