A quinta-feira (18) trouxe uma mudança no cenário das transmissões televisivas do futebol brasileiro. Com a Medida Provisória nº 984, o televisionamento de uma partida precisa apenas de um acordo entre a emissora e a equipe mandante. Com isso, os clubes poderão negociar diretamente com a empresa e tirar proveito dessa mudança em torno de melhorias nos contratos. O Santa Cruz está atento e estuda o que é possível fazer, pesando os fatores positivos e negativos da medida. Porém, no momento, no curto prazo, é algo que ainda deve demorar a acontecer, pois o Tricolor tem contrato vigente nas competições que disputa.
"O Santa Cruz tem um contrato que foi negociado com a CBF para a transmissão dos jogos pela DAZN em plataforma digital. Se houver o interesse de um parceiro para negociação em TV aberta, fechada ou outros canais, a gente não teria a anuência como clube visitante, só em jogos como mandante mesmo. Anteriormente teria que ter essa presença do clube visitante. Evidente que é uma situação nova, mas que a gente precisa analisar com cuidado os prós e contras dessa situação", comentou o diretor de futebol e membro do Núcleo de Gestão do Santa, Fred Dias.
Mesmo sendo algo para um futuro mais distante, o Tricolor fica atento. E para acertar esses contratos, é preciso estudar viabilidade e o quanto que isso poderia impactar na receita que o clube teria nas partidas como mandante. O motivo disso é que as arrecadações em dias de jogos contam como uma boa parte do orçamento que o Santa Cruz consegue durante o ano. Então com a possibilidade de uma transmissão de um confronto no Arruda tirar público do estádio, seria preciso que o valor a ser recebido compensasse essa evasão.
"Até porque temos que rever se for veicular em alguma praça, o quanto isso impacta na ausência do público no estádio, mesmo sabendo que o momento agora não é possível, nem quando vai acontecer. Mas é importante analisar tudo isso e levar em consideração, com todo conhecimento e profissionalismo, para que o Santa Cruz faça bons contratos. Acordos que já existem dificilmente vão ser alterados, mas nos novos contratos que vierem, poderemos utilizar essa prerrogativa para negociar", arrematou Fred Dias.