A vitória do Santa Cruz diante do Sport comprovou mais uma vez que o Tricolor é um time taticamente muito comprometido e que cumpre à risca o que pede o técnico Itamar Shulle. Além disso, o triunfo da Cobra Coral provou que o treinador, mesmo sem ter tantas opções como gostaria no elenco, vem conseguindo achar soluções para manter o nível de competitividade que o time vem demonstrando em 2020. Nos últimos 11 jogos, o Santa só perdeu apenas uma partida, que foi contra o próprio Sport, mas pela Copa do Nordeste. Vale lembrar que, nessa derrota para o Leão, o Tricolor estava sem Pipico e Paulinho, dois pilares do elenco coral.
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No clássico desse domingo, o Santa Cruz sofreu com as investidas de Patric e Rafael no lado direito do Sport. No entanto, para a segunda etapa, o Tricolor conteve as investidas do Leão por ali. Uma das armas que a Cobra Coral usou nos 45 minutos finais do jogo foi colocar o zagueiro Célio Santos na vaga de Willian Alves. O defensor entrou e, além de cobrir Fabiano, também conseguiu marcar presença no ataque coral: deu a assistência para o segundo gol de Pipico.
"No primeiro tempo a gente teve algumas dificuldades por ali (lateral-direito). Normal porque ali é um lado forte deles, com o apoio do Patric por fora e por dentro, mais o meia (Rafael) que também aparecia naqueles setor. Então é normal que a gente tenha tido um pouco de dificuldades para encaixar melhor a marcação por ali. Mas no decorrer do jogo melhoramos isso. Tínhamos dois zagueiros pendurados com um cartão amarelo e eu achei por bem tirar um e colocar o Célio para o segundo tempo. O Célio já tinha jogado ali e também para termos uma cobertura melhor, com o pé esquerdo, e também uma saída melhor trocando com o Fabiano. Numa saída dessa saiu a jogada do segundo gol e a gente conseguiu anular um setor que era muito forte do Sport", disse Schulle, que completa explicando sobre a entrada de Augusto Potiguar no time titular.
"Sem dúvidas (entrou para conter os avanços de Patric). É o único jogador de velocidade que eu tenho no elenco. Não tenho nenhum atacante de beirada e de velocidade no nosso elenco. Quem chegou foi o Kleiton, que ainda estamos vendo, mas é um jogador que tem essa característica. Mas está bem claro que precisamos de pelo menos mais dois jogadores para aquele setor ali. Jogadores prontos e que possam nos ajudar nas competições que o Santa Cruz têm. Como ele é um jogador de força, que podia fazer essa recomposição junto com o Patric, nós optamos por colocar ele ali. Ele também tem um bom chute e finalizou no primeiro e no segundo tempo. Então vejo que ele cumpriu muito bem a parte tática e depois cansou, o que é normal. Aí depois mudamos e colocamos Jeremias e o Mayco para ter um ataque mais descansado para a segunda etapa", finalizou o técnico coral.