Um dos destaques do Clássico das Emoções deste domingo (18) foi a utilização da arbitragem de vídeo de forma remota pela primeira vez neste Campeonato Pernambucano. O Náutico bateu o Santa Cruz por 2x1 e a tecnologia foi fundamental no resultado, pois validou um gol do Santa Cruz e tirou a dúvida sobre uma possível penalidade para o Tricolor.
Quando utilizado, o VAR deu respostas rápidas. O gol do Santa Cruz, aos 4 minutos do segundo tempo, foi anulado pela arbitragem, mas o árbitro de vídeo revisou e validou o gol.
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A Federação Pernambucana de Futebol (FPF) viabilizou a tecnologia junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), numa parceria para testar o uso remoto, da mesma forma como aconteceu na Supercopa, quando o Flamengo foi campeão em cima do Palmeiras.
No fim do segundo tempo, o Santa Cruz puxou um contra-ataque com Chiquinho, que viu a penetração de Madson e deu boa enfiada. O atacante tricolor entrou na área do Náutico disputando corrida com Hereda, caiu na área, mas o árbitro mandou o jogo seguir. O VAR também não sinalizou penalidade.
Em outras oportunidades, menos polêmicas, o VAR precisou rever os gols do Náutico, que não tiveram irregularidades e reviu um gol de Kieza, que foi corretamente anulado por impedimento do atacante alvirrubro.
"A ideia da entidade máxima do futebol brasileiro é desenvolver o Centro de Excelência da Arbitragem e controlar a operação em um único local. O objetivo faz parte de um processo de evolução do árbitro de vídeo. Só temos a parabenizar a Confederação pela grande iniciativa”, afirmou o presidente da FPF, Evandro Carvalho antes da partida deste domingo.
Segundo o chefe do departamento de arbitragem da CBF, Leonardo Gaciba, o processo tende a ser mais funcional. “O feedback, o estudo, treinamento, a forma com que vamos conseguir dar o retorno aos nossos árbitros tem tudo para evoluir. Nós estarmos todos no mesmo local vai ser fundamental para um crescimento cada vez mais rápido da tecnologia".
O desenvolvimento do projeto apenas é possível por causa da tecnologia das fibras ópticas, que serão instaladas dentro dos estádios e possibilitam uma transmissão de qualidade. “Podemos ver que não perdemos nada e não teve nenhuma diferença do que fazemos de forma presencial. Além disso, a comunicação verbal com a arbitragem de campo foi facilitada, o sinal estava mais limpo. As imagens tinham a mesma qualidade e foi como se estivéssemos no próprio estádio, foi exemplar e um excelente trabalho feito pela CBF", declarou Wagner Reway, árbitro de vídeo na Supercopa.