Lucas Holanda
Publicado em 08/05/2020 às 12:04
Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Sport tem mais um problema para resolver fora dos gramados. Isso porque o volante Jean Patrick, por meio de seu advogado, Filipe Rino, pediu à Justiça do Trabalho a rescisão do contrato com o Leão. O pedido para deixar o clube seria por conta de atrasos salariais dos meses de fevereiro, março e abril. A informação foi divulgada pelo portal GloboEsporte.Com na manhã desta sexta-feira, e confirmada pela reportagem do Jornal do Commercio, que teve acesso ao processo.
No pedido feito à Justiça, por meio da décima quarta Vara do Trabalho de Recife, Jean Patrick solicita rescisão indireta com o Sport e baixa do registro da CBF. "JEAN PATRICK REIS, nos autos da reclamação trabalhista ajuizada em face do Sport Club do Recife requer o reconhecimento da rescisão indireta do contrato de trabalho e, baixo do registro junto a CBF", diz um dos trechos do processo que tem a juíza Walkiria Miriam Pinto de Carvalho.
Jean Patrick veio para o Sport após ser considerado um dos destaques do Cuiabá na Série B de 2020. No Leão, o volante atuou em seis partidas e marcou um gol. Sob o comando de Daniel Paulista, o atleta não atuou em nenhuma partida.
> Técnico do Sport avalia contratações de Patric e Ronaldo: "Novos estilos"
> Raul Prata trata com naturalidade concorrência com Patric na lateral do Sport
> Sport anuncia falecimento de Nó, vítima da covid-19
Procurado pela reportagem do Jornal do Commercio, o vice-presidente jurídico do Sport, Manuel Veloso, disse que o Leão ainda não foi notificado, mas destacou que só ficava no clube quem tivesse interesse. "Olha, o Sport ainda não foi notificado, então não vou comentar mais detalhes. Sobre o atraso, eu não posso confirmar porque quem tem acesso a isso é o financeiro do clube. Mas quem não quiser ficar, paciência. Que seja feliz fora do clube. Só fica quem quer", disse Manuel Veloso.
"Esse ano a gente sabia que ia ter algumas dificuldades no começo do ano porque a gente antecipou algumas receitas para o sprint final na Série B do ano passado. Em maio, quando chegasse os pagamentos da televisão, que são as nossas receitas mais robustas, mesmo descontando R$ 16,5 milhões, a gente ia conseguir zerar todos os pagamentos mesmo com um mês e meio pesando. No entanto, com essa pandemia, a gente saiu do planejamento e teve esse descompasso financeiro. Mas é ter paciência. Quando a gente voltar, a gente vai cumprir fidedignamente o que acordamos com os atletas no começo do ano, assim como fizemos ano passado. Quem não quiser assumir essa briga que compraram ano passado, paciência. Que seja feliz fora do clube", finalizou Manuel Veloso.