O Sport enviou uma notificação extrajudicial ao Flamengo para explicar o pagamento que consta no balanço financeiro do clube carioca do ano passado em torno da compra do lateral-esquerdo Renê. Nele, foram divulgadas transações do início de 2020. Entre elas, o pagamento de R$ 5,6 milhões ao "Sport Club do Recife/MP Eventos" pela compra de parte dos direitos econômicos do atleta (sem revelar o percentual). Procurado pelo Jornal do Commercio e Blog do Torcedor, o vice-presidente jurídico Manoel Veloso explicou que a medida foi tomada pelo Leão para esclarecer o assunto, pois o time pernambucano não recebeu essa quantia.
LEIA MAIS
> Wanderson Lacerda fala sobre redução no elenco do Sport, mas cita pandemia como entrave
> Ex-diretor confirma que Diego Souza pediu para ser desconvocado da Seleção para ajudar o Sport
> Presidente do Sport: "Um dos momentos mais difíceis da nossa história"
"O valor não bate com os contratos que temos. Por causa dessa dúvida, notificamos extrajudicialmente o Flamengo para esclarecer esse assunto. Não recebemos essa quantia declarada e só vamos saber o que aconteceu quando o clube carioca responder. Tenho um bom relacionamento com o advogado da empresa MP Eventos. Apesar de ter entendido a justificativa dele, precisamos saber porque o Flamengo colocou isso no balanço, sem deixar nenhuma dúvida no ar", afirmou o dirigente.
Em 2017, na gestão do ex-presidente Arnaldo Barros, o Sport negociou a venda de 50% dos direitos econômicos pelo valor de R$ 3,9 milhões. Valor confirmado pelo Flamengo no balanço financeiro do referido ano. A outra parte (50%) pertencia ao empresário do jogador Marcos Portela. Natural de Picos, no Piauí, Renê chegou ao Leão em 2011, ainda no sub-20, e disputou 202 jogos pelo time profissional, onde foi titular absoluto durante três temporadas: 2014, 2015 e 2016.
No Flamengo, Renê foi eleito o melhor lateral-esquerdo da Série A do Campeonato Brasileiro de 2018. Atualmente, ele é reserva de Filipe Luís na posição e está na quarta temporada seguida no clube carioca. O contrato inicial dele era até o fim de 2020, porém, em janeiro, as partes acertaram a extensão até 2022.