Diretor admite que Sport sai atrás de adversários da Série A

Alguns adversários da Série A já começaram a treinar
Karoline Albuquerque
Publicado em 03/06/2020 às 7:26
O Sport vai poder voltar a treinar no dia 15 de junho. Foto: BOBBY FABISAK/JC IMAGEM


A quarentena por causa da pandemia do novo coronavírus começa a ser flexibilizada e o Sport vai poder voltar a treinar no dia 15 deste mês. Logo que as partidas de futebol forem retomadas, primeiro a equipe vai concluir o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste. Mas, logo em seguida, o Campeonato Brasileiro da Série A é a empreitada da vez para o Leão, que vê alguns dos rivais, como Ceará, Fortaleza, Internacional e Grêmio, por exemplo, já terem começado as atividades.

Diante do cenário, o diretor de futebol rubro-negro Fred Domingos admite que o Sport sai um pouco atrás, ao observar os concorrentes da Primeira Divisão. Principalmente, destaca o dirigente, pelo tempo menor para a preparação física, com os adversários em vantagem no "aspecto físico-técnico". Mesmo que o clube tenha mantido um protocolo online para que os jogadores não ficassem totalmente parados durante o isolamento.

 

"Mas a gente sabe que um atleta de alto rendimento, como é um atleta de futebol profissional, esse tipo de treinamento por um determinado período de tempo é prejudicial no quesito de perda de massa muscular, de potência, de força. Evidentemente, esses treinos que estamos acompanhando semanalmente com os nossos atletas, a nossa comissão técnica, departamento de fisiologia e fisioterapia, não vão dar a mesma condição como se tem um treinamento em campo, no nosso CT", disse.

Domingos mantém a esperança em alcançar logo os aspectos necessários. Por enquanto, há tempo também para pensar nos jogos sem a presença do público. A torcida, é sabido, tem papel de incentivo para as equipes, o que se torna uma vantagem para o mandante. Sem ela, a motivação precisará vir de outro lugar: o pagamento dos salários em dia.

Fred Domingos acredita que o pagamento regular pode transformar uma equipe sem craques em um grupo de "profissionais muito mais briosos e imbuídos" nos objetivos do clube. E, como uma coisa leva à outra, as conquistas elevam o patamar do clube, possibilitando um aumento de arrecadação e melhoria na parte técnica do grupo.

"O que faz todo trabalhador brasileiro ter a motivação para sair de sua casa todos os dias para o trabalho é saber que no final do mês ele vai ter sua remuneração por conta desse trabalho, por conta desse esforço. O atleta de futebol profissional não foge a nada em relação a toda e qualquer outra profissão. É sim um fator de equilíbrio emocional. Esse fator de equilíbrio emocional é preponderante para que o atleta possa render dentro do seu máximo dentro de campo", opinou o diretor do Sport.

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