Test-drive

A Volvo, que carrega a boa fama de produzir carros dos mais seguros, vive momento invejável no Brasil. Celebrou recentemente o segundo lugar em vendas no País entre as marcas de luxo, atrás apenas da BMW e desbancando Audi e Mercedes. E isso despertou a curiosidade de muitos. O que houve? Podemos dizer que hoje a Volvo não vende só a imagem de automóveis seguros. A montadora deixou o estigma de ser uma marca careta, de coroa, para ser tecnológica e se tornar cobiçada também por jovens que podem pagar acima dos R$ 200 mil num carro premium.

A gama hoje no Brasil é de sedãs e SUVS, como o XC 60, XC 90 e o menor da família, o Volvo XC40, que se revelou uma excelente opção no mercado de luxo. E foi esse último que testamos no Recife: versão híbrida - que mistura o motor a gasolina com outro elétrico. Ele é um plugin, ou seja, faz o carregamento das baterias elétricas por regeneração nas frenagens ou ligando na tomada para ser mais rápido.
O Volvo XC 40 impressiona de verdade. No interior, puro refino. Mas chama atenção a central multimídia que parece um tablet para você encontrar o que precisa e 'falar' com o carro.
Como segurança é básico na Volvo, tem tecnologia capaz de fazer o carro praticamente andar só e sistema que freia se houver risco de colisão.
A versão mais barata é R$ 204 mil com motor 2.0 de 190 cavalos de potência. Na que testamos, a conta vai pra R$ 265 mil e faz um certo sentido. É bonito, bem acabado e disposto com motor de 262 cavalos. Com ele, não tem ultrapassagem difícil. É botar de lado, acelerar e ver os outros pelo retrovisor.
Não testamos o carregamento por tomada porque não passamos em pontos de abastecimento. Em casa não deu porque precisa de tomada específica. Mas isso não foi empecilho para não curtir o carro. Ele saiu carregado da loja e praticamente rodamos os 50 km do motor elétrico sem queimar uma gota de gasolina. Quando acabou a carga, bebeu a gasolina e a média ficou satisfatória por tudo que oferece: 9,5 km.