O diagnóstico da doença de Parkinson, principalmente em seu início, é sempre um desafio para o paciente e familiares. A doença crônica e progressiva do sistema nervoso central está associada à perda de células cerebrais produtoras de um neurotransmissor chamado dopamina, responsável por levar informações do cérebro para várias partes do corpo e coordenar os movimentos.
De acordo com Ministério da Saúde, no Brasil existem cerca de 200 mil pessoas diagnosticadas com Parkinson, e esse número pode crescer significativamente nos próximos anos. Isso porque estudiosos apontam que, apesar de ser mais comum após os 65 anos, a condição pode atingir também pessoas em faixa etárias mais jovens.
Os primeiros sinais do Parkinson costumam ser sutis e surgem gradualmente, podendo passar despercebidos pelo paciente ou membros da família. Segundo o Dr. Nêuton Magalhães, neurocirurgião do Hospital Jayme da Fonte, apesar do tremor ainda ser o sintoma mais reconhecido pelas pessoas, ele só acontece em 30% dos casos de Parkinson, e a condição também pode afetar diferentes regiões do corpo.
“Além do tremor, sinais de rigidez, movimentos lentos para as atividades do dia a dia, instabilidade postural, dores e dificuldade para andar devem ser um sinal de alerta para a doença de Parkinson”, destaca Magalhães.
Ainda de acordo com o neurocirurgião , a condição evolui lentamente e de forma diferente em cada paciente, acarretando sintomas incapacitantes após uma média de 15 anos da doença.
“Apesar de mais raros, casos que evoluem muito rápido, com piora em torno de dois ou três anos, e com outros agravantes, como problema de memória, são chamados de Parkinson Atípico. Cerca de 10% dos casos podem evoluir dessa forma, que são mais graves e não respondem às medicações convencionais”, acrescenta.
Embora ainda não exista cura para a doença de Parkinson, especialistas chamam a atenção para a significativa melhora na qualidade de vida e na longevidade das pessoas que sofrem com a condição nos últimos anos. O avanço se dá devido aos diferentes tratamentos e modalidades que permitem controlar os sintomas e retardar o seu progresso.
“O tratamento da doença de Parkinson é a base de medicamentos para repor a substância da dopamina que está em falta no cérebro. Entretanto, há pacientes que podem precisar de tratamento cirúrgico”, diz Nêuton.
O principal exemplo disso é a cirurgia funcional para doença de Parkinson, que tem se tornado cada vez mais acessível. A Estimulação Cerebral Profunda (DBS – deep brain stimulation do Inglês) é uma técnica voltada para casos clássicos de Parkinson, com o diagnóstico há pelo menos cinco anos.
A terapia reversível utiliza eletrodos para o controle de certos impulsos nervosos no cérebro. De acordo com o neurocirurgião, o procedimento é considerado seguro e efetivo, e permite ao paciente mais conforto e funcionalidade ao reduzir a medicação do tratamento e permanecer em doses bem menores durante anos.
Além disso, o médico destaca que não é possível saber quem realmente desenvolverá Parkinson, por isso é difícil estabelecer uma só causa ou prevenir o aparecimento da enfermidade.
“Não há nenhum tipo de medicação que possa evitar o surgimento da doença. As formas de buscar evitar o Parkinson são com a prática de atividade física, boa alimentação, dormir bem... É buscar ter um estilo de vida saudável”, afirma Nêuton.
Cada paciente tem suas características e manifestação da doença, assim, as opções de tratamento devem ser traçadas de acordo com cada quadro e fase da evolução da doença. Por isso, é importante procurar um especialista no assunto.
Visando maior conforto e precisão, o Hospital Jayme da Fonte oferece a mais alta tecnologia no diagnóstico e tratamento das doenças neurológicas. Equipado com o que há de mais avançado no mercado, o hospital possui um corpo clínico composto por mais de 30 especialidades e diversos profissionais.
Com um centro cirúrgico projetado no mais alto padrão de controle, o Hospital Jayme da Fonte possui toda estrutura e equipamentos necessários para as realizações dos procedimentos cirúrgicos com segurança.