FINANCIAMENTO

FGTS Futuro será liberado em março; entenda o que muda

Atualmente, já é possível usar até 80% do FGTS para reduzir o valor das prestações que vão vencer em um ano ou abater o valor no ato do contrato

Cadastrado por

Lucas Moraes

Publicado em 19/02/2024 às 17:28
De acordo com o governo, o benefício será voltado para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, para as famílias com renda de até R$ 2.640 (faixa 1) - MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL

O governo pretende liberar já neste mês de março a nova modalidade do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS Futuro. Com a iniciativa, a pretensão é dar maior poder de compra a pessoas com menor renda, já que trabalhadores de carteira assinada poderão utilizar parte da contribuição que ainda será depositada pelo empregador na sua conta vinculada ao FGTS para financiar imóveis. 

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De acordo com o governo, o benefício será voltado para beneficiários do Minha Casa, Minha Vida, para as famílias com renda de até R$ 2.640 (faixa 1). Segundo o Ministério das Cidades, o programa deve passar por um período de teste e ser ampliado para o teto de até R$ 8 mil de renda por mês.

Na prática, o FGTS Futuro será usado como um complemento da renda, gerando uma capacidade maior ao tomador do financiamento imobiliário. Ou seja, o mutuário pode optar por um imóvel mais caro, pagando uma prestação que será complementada pelo valor que deveria ser depositado na sua conta do FGTS - os valores passam a ser debitados automaticamente para complementar o pagamento da prestação do imóvel. 

Atualmente, já é possível usar até 80% do FGTS para reduzir o valor das prestações que vão vencer em um ano ou abater o valor no ato do contrato. No caso do FGTS Futuro, as prestações vão sendo abatidas com o FGTS + o pagamento mensal do mutuário. 

O problema é que se o trabalhador for demitido, ele passará  a pagar o valor da prestação completa. Além do saldo final da conta ser menor, já que as parcelas estão sendo abatidas. 

FALTA REGULAMENTAÇÃO

Ainda segundo o governo, o martelo quanto à regulamentação da nova modalidade deve ser batido na próxima reunião do Conselho Curador do FGTS, prevista para o dia 19 de março. Apesar de estar entrando em prática no governo Lula, a modalidade foi proposta ainda na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Para este ano, o FGTS tem um orçamento de R$ 97,15 bilhões para novas contratações dentro do Minha Casa, Minha Vida e mais R$ 8,5 bilhões para quem tem conta no Fundo. 

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