Hospitais da Suécia suspenderam o cloroquina no tratamento contra o novo coronavírus. Nas unidades de saúde do Condado de Gotalândia Ocidental, vários pacientes reportaram sofrer com fortes efeitos adversos após uso da droga.
O sueco Carl Sydenhag, de 40 anos, tomava dois comprimidos ao dia depois de ser diagnosticado com a doença no dia 23 de março. Ao jornal Expressen, contou que começou a ter câimbras, perda de visão periférica, e uma enxaqueca que era como se "estivesse em uma usina de alta tensão".
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O medicamento é originalmente prescrito para pacientes com malária, mas testes vêm apontado para o possível uso contra a covid-19. Alguns médicos da Europa, dos Estados Unidos e da China receberam a licença para testá-lo em casos mais graves da doença.
Magnus Gisslen, médico no Hospital Universitário de Sahlgrenska, disse ao Gothenburg Post que ele e os colegas pararam de administrar a cloroquina duas semanas atrás. "Tiveram relatos de suspeita de efeitos adversos mais sérios do que inicialmente pensamos", falou.
"Não podemos descartar efeitos adversos sérios, especialmente no coração. Além disso, não temos nenhuma evidência forte de que a cloroquina tenha efeito na covid-19", declarou.