A Espanha teve 185 mortes e 867 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde local na manhã desta terça-feira, 5. Foram 21 óbitos e 511 infectados a mais do que os registrados no dia anterior. Ao todo, o país europeu tem 25.613 mortes e 219.329 casos confirmados da doença.
Dos 867 novos casos diários de COVID-19 notificados no boletim oficial, 631 são de profissionais da saúde (73%). A tendência foi observada na última semana: desde 28 de abril, o ministério notificou mais de 8.500 casos novos, sendo 5.587 de profissionais da saúde (66%).
No balanço global, a Espanha superou 250.000 casos notificados durante a epidemia, incluindo as pessoas que apresentaram resultado positivo em testes de anticorpos. Quase 18% (43.956) são profissionais da saúde infectados.
É uma "incidência importante", admitiu Fernando Simón, diretor do Centro de Emergências Sanitárias do ministério.
Em dois grandes hospitais de Madri e da Catalunha, as duas regiões mais afetadas pelo novo coronavírus, 11% dos funcionários foram infectados, afirmou Simón.
O diretor do Centro de Emergências Sanitárias destacou, no entanto, que muitos trabalhadores da área da saúde superaram a doença e voltaram ao trabalho.
A letalidade do vírus entre os profissionais da saúde é de 0,1%, contra 7,8% entre a população em geral, informou Simón, que também indicou que o grupo registra taxas muito inferiores de hospitalizações e internações em UTIs.
Durante a epidemia, sobretudo no momento de pico, quando o sistema de saúde entrou em colapso nas regiões mais afetadas, os profissionais da saúde denunciaram a escassez de material de proteção, como máscaras e luvas.
Em um primeiro momento, o governo reconheceu a situação, mas nas últimas semanas afirmou que o fornecimento de material foi normalizado.
O confinamento estrito dos espanhóis, em vigor desde 14 de março e que o governo pretende ampliar até 23 de maio, começou a ser flexibilizado progressivamente.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.