Quem já pegou coronavírus pode contrair novamente o vírus? Essa é uma das dúvidas que permeiam a covid-19, doença até então desconhecida e que já infectou mais de 310 mil pessoas no Brasil. Essa pergunta, no entanto, pode ter uma resposta em breve, já que dois novos estudos realizados nos Estados Unidos tiveram resultados positivos na evolução no combate ao vírus. As pesquisas feitas com macacos mostraram que, ao serem expostos à covid-19, os animais desenvolveram anticorpos que lhes deram imunidade, além de revelarem que as vacinas testadas podem ser efetivas.
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Os trabalhos foram conduzidos no Centro de Virologia e Pesquisa em Vacinas Beth Israel Deaconess, da Escola de Medicina de Harvard. A primeira pesquisa infectou nove macacos com a doença e voltou a expor o grupo ao vírus depois que eles se recuperaram. Nenhum deles adoeceu. “Isso sugere que eles desenvolveram uma imunidade natural que os protege de uma nova exposição”, explicou Dan Barouch, um dos responsáveis pelo estudo publicado na revista Science, à agência Reuters. A comunidade científica ainda não corroborou a tese de que pessoas curadas desenvolveram imunidade contra a doença.
Já no segundo estudo, 25 macacos foram expostos a seis protótipos de vacina para analisar se os anticorpos produzidos pelo organismo seriam suficientes para protegê-los. Esse grupo e outro formado por dez macacos foram infectados com o novo coronavírus.
Os macacos do segundo grupo apresentaram grande quantidade de vírus nas vias aéreas, enquanto os vacinados tiveram um maior grau de proteção. Oito dos 25 animais ficaram completamente protegidos, de acordo com estudo. O experimento mostra que o desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus está no caminho certo. Dan Barouch avaliou os resultados com otimismo. “Esses dados são vistos como um avanço científico”, disse.
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Coronavírus é uma família de vírus que causam infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China.Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa.
A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1.
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o coronavírus. Entre as medidas estão:
Para a realização de procedimentos que gerem aerossolização de secreções respiratórias como intubação, aspiração de vias aéreas ou indução de escarro, deverá ser utilizado precaução por aerossóis, com uso de máscara N95.