A OMS informou que a Europa tem registrado diariamente cerca de 20.000 novos casos e 700 mortes pela covid-19. "Na semana passada, a Europa registrou um aumento no número de casos semanais pela primeira vez em meses. Em 11 países, a transmissão acelerada levou a um ressurgimento muito significativo que, se não for controlado, levará novamente ao limite os sistemas de saúde europeus", afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em Copenhague.
Até o momento, o continente europeu contabiliza 194.758 vítimas fatais e 2.593.193 contágios.
No mundo, a pandemia provocou mais de 482.000 mortes e 9,4 milhões de casos, de acordo com balanço atualizado da AFP, elaborado com base em dados oficiais.
Na terça-feira, por exemplo, a Alemanha determinou o retorno do confinamento de uma região ondem vivem 600.000 pessoas devido ao surgimento de um foco de infecções no maior matadouro da Europa.
Na Espanha, as autoridades sanitárias indicaram que analisam com preocupação três novos surtos.
Apesar do alerta, a Torre Eiffel reabriu nesta quinta depois de mais de 100 dias fechada.
"Estou quase chorando, mas é de felicidade", disse à AFP Therese, uma das primeiras visitantes a subir novamente no espaço turístico, usando máscara para cumprir as normas sanitárias.
Na área econômica, o Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que o vírus provocou uma "crise como nenhuma outra", que pode levar a uma queda do PIB mundial de 4,9% em 2020.
A China, onde a epidemia surgiu e dezembro, será a única economia com crescimento este ano, de apenas 1%, prevê o FMI, enquanto os Estados Unidos devem registrar uma queda de 8% do PIB. Na Eurozona, a contração será de 10%, com quedas de dois dígitos na Espanha, França, Itália e Reino Unido.
Na América Latina e Caribe a recessão será mais profunda que a prevista em abril, com uma contração do PIB regional de 9,4% contra 4,2% previsto anteriormente.
Apesar das previsões funestas, uma relativa normalidade retorna à Europa.