Minneapolis aprovou nessa sexta-feira (12) a transformação de sua polícia para criar "um novo modelo" de segurança pública, uma medida tomada após a morte do afro-americano George Floyd durante sua prisão na cidade do norte dos Estados Unidos no final de maio.
Uma força-tarefa deve apresentar uma série de propostas até 24 de julho para "ajudar Minneapolis a adotar um novo modelo para garantir a segurança pública", disse o conselho da cidade em sua resolução aprovada por unanimidade.
Os responsáveis pela redação dessas propostas incluirão membros da polícia, além de especialistas em direitos civis, igualdade e relações intercomunitárias.
A polícia atual não desaparecerá tão cedo, pois o processo está previsto para durar um ano.
Os legisladores municipais anunciaram no domingo sua disposição de desmantelar sua polícia, acusada de ser "estruturalmente racista" após a morte de Floyd, um homem de 46 anos que foi sufocado enquanto era imobilizado por um policial branco que colocou seu joelho no pescoço dele por quase nove minutos, em 25 de maio.
O vídeo de sua agonia, exibido nas redes sociais, causou a maior onda de protestos em décadas nos Estados Unidos. E a raiva contra o racismo e a brutalidade policial se espalhou pelo resto do mundo.
O policial que matou Floyd, Derek Chauvin e os outros três policiais presentes no local da prisão foram acusados.
Para o município, a decisão mostra seu "compromisso compartilhado de promover uma profunda mudança" na segurança pública de Minneapolis", para que cada membro" da comunidade "possa se sentir realmente seguro", disse a presidente do Conselho, Lisa Bender.
Vários legisladores municipais pediram que o desmantelamento da polícia fosse posto em votação em 3 de novembro.
Em sua resolução, o conselho lembrou que Floyd se junta a uma "longa e trágica lista" de vítimas de violência policial em Minneapolis. Sua morte é "uma tragédia que mostra que nenhuma reforma impedirá a violência e o abuso mortais de alguns membros dos serviços policiais contra membros de nossa comunidade, especialmente negros e pessoas não brancas", acrescentou.