O fóssil de um peixe gigante de 70 milhões de anos que conviveu com os dinossauros foi descoberto na Patagônia, no sul da Argentina - anunciou uma equipe de pesquisadores nesta segunda-feira (6).
Paleontólogos argentinos "encontraram os restos de um peixe predador que passava dos seis metros de comprimento", informa um comunicado.
A descoberta foi publicada recentemente na revista científica "Alcheringa: An Australasian Journal of Palaeontology".
O peixe de grandes dimensões "nadou pelos mares da Patagônia no final do Período Cretáceo, quando a temperatura ali era muito mais temperada do que na atualidade", acrescentaram na nota.
"Os fósseis deste animal carnívoro de dentes pontiagudos e de aparência temerária foram encontrados nas imediações do lago Colhué Huapial, ao sul da província de Chubut".
O espécime "pertence ao gênero Xiphactinus, o qual se encontra entre os peixes predadores de maior tamanho que já existiram na história da Terra", detalha o texto.
"Seu corpo era notavelmente estilizado e terminava em uma enorme cabeça de grandes mandíbulas e dentes finos como agulhas, de vários centímetros de comprimento", relatam os cientistas.
"Há registros destes peixes gigantes carnívoros em outras partes do mundo e há, inclusive, esqueletos completos, alguns dos quais até preservam o conteúdo estomacal", disse uma das autoras da pesquisa, Julieta de Pasqua.
Até o momento, havia registros de Xiphactinus apenas no Hemisfério Norte, mas, há poucos anos, encontrou-se um exemplar na Venezuela.
A região patagônica é um dos maiores reservatórios mundiais de fósseis de dinossauros e de outras espécies pré-históricas.
O trabalho, divulgado pela agência da informação da estatal Universidade Nacional de La Matanza, foi obra de pesquisadores do Laboratório de Anatomia Comparada do Museu Argentino de Ciência Naturais, o conselho estatal de pesquisas de Conicet e Fundação Azara.