O México fez acordos com duas empresas farmacêuticas chinesas e uma americana para realizar ensaios clínicos de uma possível vacina contra o novo coronavírus a partir de setembro, anunciou o governo nesta terça-feira (11).
Os acordos foram firmados com a americana Janssen Pharmaceuticals e as chinesas CanSino Biologics e Walvax Biotechnology, e se somam à participação do México na fase final de testes de uma vacina desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi.
"Temos um memorando de entendimento com três empresas distintas (...). Isso significa que a fase 3 destas vacinas será realizada no México", disse o chanceler Marcelo Ebrard na conferência matinal do presidente Andrés Manuel López Obrador.
Nesta fase, a eficácia da vacina é medida em larga escala, após uma primeira etapa na qual se avalia sua segurança e uma segunda em que se explora sua eficácia em grupos reduzidos.
"Teríamos quatro protocolos clínicos de Fase 3 no México entre setembro e janeiro", disse o chanceler.
Ebrard disse que o objetivo é que os testes sejam feitos "conforme as normas da Secretaria de Saúde e da Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários (Cofepris)".
"Nossa tarefa é localizar, dialogar, sejam governos ou empresas e que o México tenha acesso à tempo (à vacina)", acrescentou.
Ebrard disse que, até o momento, estabeleceu contato direto com 15 dos laboratórios mais adiantados no desenvolvimento das pesquisas.
Com 53.000 mortes até segunda-feira, o México, de 128,8 milhões de habitantes, é o terceiro país do mundo com mais mortes pela pandemia de coronavírus, atrás dos Estados Unidos e Brasil.
No entanto, sua taxa de mortalidade por 100.000 habitantes (41) é a décima quinta do mundo, segundo estatísticas da AFP com base em dados oficiais.