Ainda não se sabe ao certo se a nova variante do coronavírus descoberta no Reino Unido é mais contagiosa, mas os Estados Unidos estão conduzindo estudos para obter mais informações, disse um alto funcionário americano nesta segunda-feira (21).
"Não há evidências fortes de que esse vírus seja mais transmissível, (mas) há evidências claras de que ele está mais presente na população", disse Moncef Slaoui, conselheiro-chefe do programa de vacinação nos Estados Unidos.
O cientista, especialista em vacinas e ex-executivo farmacêutico, espera que experimentos de laboratório mostrem que a nova cepa responda às vacinas e aos tratamentos existentes.
Enquanto vários países fecham suas fronteiras com o Reino Unido, Slaoui afirma que a variante pode ter prevalecido há muito tempo em território britânico, mas que os cientistas só agora começaram a investigá-la, criando a impressão de um aumento nas infecções.
"Pode ser que as infecções tenham acontecido sem que saibamos e agora estamos percebendo um aumento, ou talvez tenha uma transmissibilidade maior", disse.
"O que está claro é que (a nova variante) não é mais patogênica", enfatizou, o que significa que não foi demonstrado que ela cause uma doença mais grave.
Sobre a questão do contágio, para determinar causa e efeito, seria necessário fazer experimentos com animais alojados no mesmo local e infectá-los deliberadamente, afirmou.
Isso mostraria o nível de carga viral necessária para infectar outro animal.
Os Centros Nacionais de Saúde (NIH) já estão realizando estudos de laboratório sobre a variante do coronavírus, para determinar se os anticorpos contra a cepa dominante da covid-19 serão eficazes contra ela, explicou Slaoui.
"É muito provável que seja o resultado esperado", disse ele.