COVID-19

Primeiro caso da variante ômicron nos EUA é identificado na Califórnia

O indivíduo que testou positivo para a ômicron havia retornado da África do Sul em 22 de novembro, dois dias antes de esse país anunciar a nova variante

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AFP

Publicado em 01/12/2021 às 20:09
Diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas e Conselheiro Médico Chefe do Presidente, Dr. Anthony Fauci, confirma o primeiro caso da variante ômicron nos Estados Unidos, Califórnia - Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP

O primeiro caso confirmado da variante ômicron nos Estados Unidos foi detectado na Califórnia, informou o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), uma agência federal vinculada ao Departamento de Saúde e Serviços Humanos, nesta quarta-feira (1).

"O indivíduo era um viajante que voltou da África do Sul em 22 de novembro de 2021", disse a agência em comunicado.

"A pessoa, que foi totalmente vacinada e apresentou sintomas leves que estão melhorando, está em quarentena e, desde então, testou positivo. Todos os contatos próximos foram contatados e tiveram resultado negativo", segundo a nota.

O indivíduo havia retornado da África do Sul em 22 de novembro, dois dias antes de esse país anunciar a nova variante. Depois, testou positivo na segunda-feira 29 de novembro, antes do sequenciamento do genoma do vírus.

Seu caso foi detectado pelos Departamentos de Saúde Pública da Califórnia e de São Francisco e confirmado pelo CDC.

Pouco depois do anúncio, o imunologista Anthony Fauci, assessor executivo para a crise sanitária, reiterou o apelo à vacinação.

"Sabemos o que temos que fazer para proteger a população: vacinem-se caso não estejam vacinados, vacinem-se", pediu.

A ômicron foi identificada pela primeira vez na África do Sul há uma semana e foi designada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Washington proibiu desde segunda-feira a entrada no território americano de viajantes procedentes de oito países do sul da África, uma medida criticada por essas nações e pelo secretário-geral da ONU.

"Vemos isso como uma medida temporária", disse Fauci, repetindo que foi introduzida com o objetivo de ganhar tempo para se preparar para a nova variante.

"Ninguém pensa (...) que uma proibição de viagens evitará que as pessoas infectadas voltem aos Estados Unidos", acrescentou.

Os cientistas ainda não têm dados concretos, mas, com base no padrão de mutações da nova cepa, estimam que ela consiga contornar, pelo menos parcialmente, a ação protetora das vacinas atuais e seja mais transmissível do que a delta, a cepa global dominante atualmente.

Os Estados Unidos estão prevendo medidas mais rígidas e requisitos de quarentena para viajantes internacionais que chegam ao país, incluindo a realização de um teste diagnóstico para covid-19 um dia antes da partida, informou o CDC nesta quarta-feira.

Neste momento, todos os adultos estrangeiros que voltarem para os Estados Unidos devem estar vacinados e apresentar um resultado negativo três dias antes de voar.

Os americanos que voltarem do exterior também devem fazer o teste entre três e um dia antes da partida, dependendo do seu status de vacinação.

 

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