A tensão entre a Rússia e a Ucrânia continua a ter desdobramentos neste sábado (5). A Rússia enviou dois bombardeiros de longo alcance com capacidade nuclear em patrulha para sobrevoar o país aliado Belarus - ou Bielorrússia. O Ministério da Defesa russo disse que os dois bombardeiros Tu-22M3 praticaram interação com a força aérea de Belarus durante uma missão de quatro horas.
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O exercício foi realizado em um momento em que o Kremlin transfere tropas da Sibéria e do Extremo Oriente para Belarus, com objetivo de conduzir esforços conjuntos e abrangentes. Moscou tem intensificado a mobilização militar na fronteira com a Ucrânia, alimentando os temores ocidentais de uma possível invasão.
O envio de tropas russas para a Belarus levantou preocupações no Ocidente de que Moscou poderia realizar um ataque à Ucrânia pelo norte. A capital ucraniana fica a apenas 75 quilômetros da fronteira com Belarus.
Os EUA, por sua vez, enviou neste sábado reforços americanos à Polônia para tranquilizar os aliados preocupados com as tensões russo-ucranianas. "Os primeiros militares chegaram ao aeroporto de Jesionka, no Sudeste", declarou o major polonês Przemyslaw Lipczynski, acrescentando que as principais forças de um contingente americano de 1.700 soldados planejam desembarcar "em breve".
A crescente tensão entre Rússia e Ucrânia ocorre em torno de uma importante aliança internacional: a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Criada em 1949, a Otan nunca perdeu sua relevância, principalmente com a iminência de possíveis conflitos entre países.
Uma das principais causas do aumento da pressão no Leste Europeu é a firme oposição da Rússia à possibilidade de a Ucrânia ingressar na Otan e, consequentemente, estreitar laços com os países ocidentais.