TENSÃO

Ucrânia: esforços europeus facilitam saída pacífica para crise com Rússia

A Ucrânia vê "possibilidades reais de uma solução diplomática" para a crise com a Rússia, anunciou seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba

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AFP

Publicado em 09/02/2022 às 18:39 | Atualizado em 09/02/2022 às 19:00
Segundo o ministro ucraniano, a situação é "tensa, mas sob controle" - VALENTYN OGIRENKO / POOL / AFP

A Ucrânia vê "possibilidades reais de uma solução diplomática" para a crise com a Rússia, após os esforços feitos pelos europeus nos últimos dias para evitar um conflito maior - anunciou seu ministro das Relações Exteriores, Dmytro Kuleba, nesta quarta-feira (9).

"Hoje existem possibilidades reais de uma solução diplomática", declarou Kuleba, ao receber o chanceler espanhol José Manuel Bueno, após as visitas do presidente francês, Emmanuel Macron, a Moscou, Kiev e Berlim.

Segundo o ministro ucraniano, a situação é "tensa, mas sob controle".

Na terça-feira, Macron garantiu, da Ucrânia, que o presidente russo, Vladimir Putin, prometeu, na segunda-feira, não ser "a causa da escalada".

Kuleba considerou ainda que as sanções elaboradas pela União Europeia e pelos Estados Unidos, no caso de uma invasão russa e que "preveem decisões sem precedentes, muito dolorosas para a Rússia", são um importante elemento dissuasivo.

A Rússia causou as tensões atuais, porque "tenta se vingar da derrota da URSS (União Soviética) na Guerra Fria", comentou.

Agora, afirmou, "trata-se de preservar toda arquitetura de segurança na Europa" construída nos últimos 30 anos.

A presença de mais de 100.000 soldados russos na fronteira ucraniana leva os ocidentais temerem uma invasão da Ucrânia por parte de Moscou. O governo russo já anexou a Crimeia, em 2014, e apoia os separatistas pró-russos em guerra com as forças ucranianas desde então.

Este conflito já deixou mais de 13.000 mortos e quase 1,5 milhão de deslocados, e não cessou, apesar da assinatura dos acordos de paz de Minsk.

Moscou pediu a retirada da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) da Europa Oriental para diminuir o conflito, que foi rejeitado pela Aliança Atlântica.

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