A Rússia disse nesta sexta-feira (11) que o presidente da França, Emmanuel Macron, manteve distância de seu homólogo russo em seu encontro sobre a crise na Ucrânia, devido ao fato de o presidente francês ter se negado a fazer um teste de covid no Kremlin.
As imagens divulgadas nesta segunda-feira de Emmanuel Macron e Vladimir Putin sentados cada um de um lado de uma mesa branca de seis metros geraram uma avalanche de comentários e muitos apontaram a frieza mostrada nas imagens.
Na internet, a foto divulgada no encontro gerou uma chuva de piadas de comparações com a distância mantida em outros encontros com dignatários estrangeiros, como o presidente argentino Alberto Fernández e o presidente do Cazaquistão, Kassym Jomart Tokayev.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, indicou que a decisão de usar essa mesa foi pelo fato de o líder francês ter se negado a fazer um teste PCR na presidência russa.
"As negociações com alguns acontecem em uma mesa longa, a distância (da mesa) é de cerca de seis metros", declarou o porta-voz, respondendo a pergunta de um jornalista.
"Isso se deve ao fato de alguns seguirem suas próprias regras, não cooperam com o anfitrião", disse o funcionário nesta sexta-feira.
O porta-voz negou um pano de fundo político.
"Isso não é política e não interfere de forma alguma nas negociações", afirmou Peskov.
A presidência francesa justificou que as condições protocolares para um encontro entre os dois chefes de Estado com um distanciamento menor, com um contato que incluia um aperto de mãos e uma mesa menor, não lhes pareceu aceitável e compatível com as limitações da agenda.
"Escolhemos a outra opção proposta pelo protocolo russo", explicou o entorno do presidente francês, que chegou em Moscou para conversar com Putin na tarde de segunda-feira.