O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, denunciou nesta segunda-feira (21) o reconhecimento da independência das regiões separatistas da Ucrânia pela Rússia como "uma violação flagrante da soberania" do país e anunciou "sanções significativas" contra Moscou.
"É claramente contrário ao direito internacional. É uma violação flagrante da soberania e da integridade da Ucrânia, é o repúdio dos acordos de Minsk", declarou Boris Johnson durante coletiva de imprensa, considerando ser um "mal presságio" para a situação na Ucrânia.
Johnson vê "indícios de que as coisas evoluem em uma direção ruim na Ucrânia" e afirmou que vai conversar à noite com o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky.
A chefe da diplomacia britânica, Liz Truss, disse por sua vez que o Reino Unido ativaria novas sanções contra Moscou na terça-feira, "em resposta à sua violação do direito internacional e ataque à soberania e à integridade territorial da Ucrânia".
Pouco depois, um comunicado do gabinete de Johnson anunciou que ele introduziria nesta terça-feira novas sanções "significativas" contra a Rússia.
"O primeiro-ministro presidirá uma reunião (de crise) COBRA às 06h30 (GMT) na terça-feira de manhã para discutir os últimos acontecimentos na Ucrânia e coordenar a resposta do Reino Unido, incluindo um grande pacote de sanções a ser apresentado imediatamente", indicou um comunicado de Downing Street.
COBRA refere-se ao comitê de emergência britânico.
CONCENTRAÇÃO
A Rússia concentrou há duas semanas dezenas de milhares de soldados nas fronteiras da Ucrânia que, segundo os países ocidentais, estão prontos para invadir o país vizinho.
O reconhecimento da independência dos dois territórios separatistas no leste da Ucrânia abre a via para uma mobilização militar russa segundo sua vontade.