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Reino Unido impõe sanção contra BC da Rússia, em nova punição por invasão

Em comunicado, a administração afirma que esta é a mais recente punição após medidas já anunciadas voltadas para "impor consequências severas" contra o presidente Vladimir Putin e a economia russa

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AFP, Estadão Conteúdo

Publicado em 28/02/2022 às 13:03
O ataque com mísseis ocorre logo após o presidente da Rússia, Vladimir Putin, repassar o comando de suas tropas para o general Sergei Surovikin, após série de derrotas - SERGEI GUNEYEV / SPUTNIK / AFP
O governo do Reino Unido anunciou nesta segunda-feira, 28, sanções contra o Banco Central da Rússia. Em comunicado, a administração afirma que esta é a mais recente punição após medidas já anunciadas voltadas para "impor consequências severas" contra o presidente Vladimir Putin e a economia russa.
O Reino Unido diz que a ação de hoje é tomada após combinar esse passo com os EUA e a União Europeia, a fim de evitar que o BC russo use reservas estrangeiras para minar o impacto de sanções já impostas e também para limitar a capacidade de o BC fazer transações no mercado cambial a fim de apoiar o rublo.
 
O comunicado diz ainda que o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) segue pronto para adotar qualquer medida necessária a fim de apoiar a resposta do governo de Londres à invasão russa na Ucrânia.
Um porta-voz de Downing Street afirmou nesta segunda-feira (28) querer "derrubar o regime de Putin" com as sanções impostas pela invasão da Ucrânia, mas recuou e explicou não buscar "uma mudança de regime", mas sim "parar" a Rússia.

As sanções britânicas, dirigidas em particular ao presidente russo e ao banco central, "são projetadas para derrubar o regime de Putin", disse um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson a repórteres.

Questionado sobre essas palavras, o porta-voz imediatamente se retratou: "Não estamos procurando uma mudança de regime de forma alguma. A questão aqui é a maneira como deteremos a Rússia".

Essas declarações vêm após uma série de trocas virulentas entre Moscou e Londres. Na semana passada, Johnson chamou Putin de "ditador".

Na segunda-feira, o Kremlin explicou que a decisão de Putin de colocar sua força de dissuasão nuclear em alerta foi uma reação às palavras da diplomata britânica, Liz Truss, sobre possíveis confrontos entre a Rússia e a Otan.

Truss declarou no domingo que "se não pararmos Putin na Ucrânia, haverá outros países ameaçados, como os países bálticos, Polônia, Moldávia. E isso pode acabar em um conflito com a Otan".

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