A Rússia "pagará um alto preço se usar armas químicas" na Ucrânia, alertou o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, durante um discurso na Casa Branca nesta sexta-feira (11).
O presidente se recusou a discutir com a imprensa qualquer informação que a inteligência americana tenha sobre o assunto.
Os americanos suspeitam que os russos estejam espalhando "mentiras" para "acusar os outros do que eles próprios planejam fazer".
O Ocidente está preocupado com o possível uso de armas químicas por Moscou após a invasão da Ucrânia iniciada em 24 de fevereiro.
Por sua vez, a Rússia acusa Washington e Kiev de administrar laboratórios destinados a produzir armas biológicas no país, o que foi negado por ambas as capitais, e uma reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre o assunto foi marcada para hoje.
"Vamos garantir que a Ucrânia tenha as armas para se defender do invasor russo", enfatizou Biden depois que o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, em uma mensagem transmitida por muitos legisladores dos EUA, lamentou a recusa de Washington em permitir que Kiev receba aviões de guerra poloneses.
Nesse sentido, Biden argumentou que os Estados Unidos já haviam fornecido armas antitanque e sistemas de defesa capazes de abater aviões e helicópteros.
Ele novamente apontou que "não vamos travar uma guerra contra a Rússia na Ucrânia". No entanto, afirmou que "já sabemos que a guerra de (Vladimir) Putin contra a Ucrânia nunca será uma vitória."
Além disso, Biden prometeu "receber refugiados ucranianos" nos Estados Unidos "de braços abertos", sem dar detalhes.