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Um morto e vários feridos em protestos pela alta dos preços no Peru

Feridos que chegaram ao hospital são 12 policiais e três manifestantes

Cadastrado por

Ana Maria Miranda

Publicado em 06/04/2022 às 15:10 | Atualizado em 06/04/2022 às 15:11
Protestos contra a alta nos preços no Peru - ERNESTO BENAVIDES / AFP

Da AFP

Um trabalhador agrícola que participou do bloqueio de uma estrada morreu e pelo menos 15 pessoas ficaram feridas nesta quarta-feira (6) em confrontos com a polícia, em um novo dia de protestos no Peru por aumentos de preços, informou um hospital.

"Quinze feridos foram internados, nós temos um gravemente ferido. Há um civil que deu entrada já morto em consequência do conflito", disse o diretor do hospital de Ica (300 km ao sul de Lima), Carlos Navea, em um comunicado por vídeo postado na página do Facebook do centro de saúde.

Navea informou que os feridos que chegaram ao hospital são 12 policiais e três manifestantes.

Os confrontos ocorreram durante a manhã, quando um destacamento da polícia tentou expulsar dezenas de trabalhadores agrícolas que estavam bloqueando a rodovia Pan-Americana, cerca de 290 quilômetros ao sul de Lima, na fértil região de Ica, onde operam muitas empresas do agronegócio.

A tensão vem crescendo no Peru desde segunda-feira, quando houve protestos em Lima, Ica e várias regiões do país contra o aumento dos preços dos combustíveis e alimentos, o que levou o presidente esquerdista Pedro Castillo a impor um toque de recolher de surpresa e que foi repudiado por vários setores da população.

O presidente finalmente suspendeu o toque de recolher no meio da tarde da terça-feira, após uma reunião com os líderes da oposição que dominam o Congresso, enquanto no centro de Lima ocorreram confrontos entre manifestantes e policiais e depredação de prédios públicos e lojas.

O líder dos trabalhadores agrícolas Julio Carbajal disse à rádio RPP que o morto na rodovia Pan-Americana é um trabalhador de 25 anos de Huancavelica que trabalhava em uma empresa agrícola em Ica.

Esses são os primeiros protestos no governo de Castillo, que está no poder há oito meses.

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