Da AFP
Uma "trégua de Páscoa" na Ucrânia. Esse foi o pedido feito pelo Papa Francisco, neste domingo (10), ao falar sobre a guerra entre o país ucraniano e a Rússia. Em sua fala, o pontífice afirma que essa trégua é necessária para "alcançar a paz de negociações verdadeiras", segundo informações da AFP.
"Deponham as armas! Que se inicie uma trégua de Páscoa, mas não para voltar a carregar as armas e retomar o combate. Não! Uma trégua para alcançar a paz através de negociações verdadeiras", declarou o Papa, após ter celebrado a missa do domingo de Ramos na praça de São Pedro.
"Que vitória será essa que colocará uma bandeira sobre um monte de escombros?", questionou-se Francisco sobre esta "guerra que a cada dia nos põe diante dos olhos massacres ferozes e crueldades atrozes, cometidas contra civis indefesos".
Por outro lado, o Papa Francisco também disse estar "perto do querido povo do Peru, que está atravessando um momento difícil de tensão social". O Peru é cenário de manifestações e mobilizações pelas altas dos preços dos combustíveis e dos alimentos.
"Eu os acompanho em oração - prosseguiu o papa, dirigindo-se aos peruanos - e incentivo todas as partes a encontrar o quanto antes uma solução pacífica pelo bem do país, especialmente dos mais pobres, no respeito aos direitos de todos e das instituições".
BOMBARDEIO
Ainda de acordo com informações da AFP, o aeroporto da cidade de Dnipro, no leste da Ucrânia, voltou a ser bombardeado neste domingo pela Rússia e ficou "destruído". A situação foi confirmada pelo governador regional Valentin Reznichenko, por meio de mensagens no Telegram.
Ainda está sendo determinado o número total de vítimas do bombardeio, mas sabe-se que o próprio aeroporto e as infraestruturas próximas foram destruídas. O aeroporto de Dnipro já tinha sido alvo de um bombardeio russo em 15 de março, após o qual a pista ficou destruída e o terminal, danificado.
Dnipro é uma cidade industrial de um milhão de habitantes, atravessada pelo rio Dnieper (Dnipro em ucraniano), que marca o limite das regiões leste do país. Até agora, tinha sido relativamente pouco afetada pelo avanço das forças russas, segundo publicação da AFP.