Com informações da AFP
Pelo menos 16 pessoas ficaram feridas nesta terça-feira (12) após um tiroteio na estação de metrô do bairro do Brooklyn, em Nova York.
À AFP, um porta-voz da polícia de Nova York disse que "às 8h27, a polícia atendeu a uma ligação para o 911 de uma pessoa baleada no metrô" no Brooklyn. Uma avaliação inicial relatou 13 feridos.
Pelo menos cinco pessoas teriam sido baleadas; as demais teriam se ferido ao tentar fugir. O estado de saúde das vítimas não foi informado. Além disso, artefatos explosivos foram encontrados no local.
De acordo com o The New York Times, a polícia está à procura de um homem usando um colete laranja e uma máscara de gás. Ele teria lançado uma lata de fumaça na plataforma do metrô para distrair as pessoas na hora do rush.
Fotos e vídeos postados por pessoas que estavam no metrô mostram poças de sangue e pessoas deitadas no chão de um vagão, bem como na plataforma da estação "36th Street", em meio a gritos.
Explosivos
Segundo um dos passageiros, Yav Montano, que falou à CNN, "uma granada de fumaça... uma bomba, explodiu dois minutos depois que chegamos na estação".
"Eu diria que foi planejado (...) ficamos presos no vagão (...) tinha sangue no chão. Tinha muito sangue no chão", acrescentou o homem.
Um porta-voz do corpo de bombeiros disse à AFP que "dispositivos explosivos não acionados" foram encontrados no local, mas de acordo com um tuíte da polícia "não há dispositivos explosivos operacionais".
Segurança reforçada
Um importante dispositivo de segurança foi implantado na 36th Street e 4th Avenue, na zona sul do Brooklyn, bem próximo ao grande cemitério de Greenwood, onde ocorreram os fatos.
Várias escolas no Brooklyn cancelaram imediatamente as saídas de seus alunos.
Segundo números do Departamento de Polícia de Nova York, os tiroteios aumentaram este ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
Inaugurado em 1904, o metrô de Nova York é o mais extenso dos Estados Unidos e um dos maiores do mundo. No total, são quase 500 estações e mais de 1000 quilômetros de vias.
Autoridades acompanham
A governadora democrata do estado de Nova York, Kathy Hochul, disse estar monitorando a situação e sendo mantida informada sobre as investigações.
A Casa Branca anunciou que o presidente Joe Biden havia sido informado do incidente e que estava em comunicação com as autoridades nova-iorquinas.
Os tiroteios massivos acontecem com relativa frequência nos Estados Unidos, onde as armas de fogo causam 40.000 mortes ao ano, incluídos os suicídios, segundo o site Gun Violence Archive.
O incidente acontece um dia depois de que Biden anunciou novas medidas para o controle de armas, aumentando, especialmente, as restrições às chamadas "armas fantasma", que são difíceis de rastrear, pois podem ser montadas em casa.
As permissivas leis sobre armas e o direito de portá-las garantido pela Constituição dificultam reiteradamente as tentativas de reduzir a quantidade de armas em circulação, apesar da maioria dos americanos se dizerem a favor de impor maiores controles.
Cerca de 75% dos homicídios nos Estados Unidos são cometidos com armas e a quantidade de revólveres e outros tipos de arma à venda segue alta.