AFP
O ex-presidente Pedro Castillo foi levado para uma base policial localizada no leste de Lima, onde permanecia detido, após ser destituído por tentativa de dissolver o parlamento, informou a imprensa na noite dessa quarta-feira (7).
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Castillo foi transportado de helicóptero até a base da Diretoria de Operações Especiais da polícia, no distrito de Ate, onde ficaria recluso por até 15 dias, sob investigação.
PRISÃO DE CASTILLO
O Ministério Público do Peru anunciou, na quarta-feira (7), a prisão do ex-presidente Pedro Castillo pelo crime de rebelião, depois de sua tentativa frustrada de dissolver o Parlamento.
"Há um cometimento de um fato em flagrante e [Castillo] está na qualidade de preso", disse à imprensa Marita Barreto, coordenadora da equipe especial de procuradores contra a corrupção do poder.
Uma fonte do MP informou à AFP que Castillo é investigado pelo crime de "rebelião".
"Discutiremos hoje (se houver elementos para uma prisão preventiva). A democracia deve ser respeitada", destacou a procuradora Barreto, que participou da detenção.
"Procedeu-se conforme a lei, impôs-se um direito fundamental, que é ser processado ou investigado pela atribuição de um crime", acrescentou.
No local, Castillo está acompanhado pelo ex-chefe de gabinete, Aníbal Torres, um de seus aliados mais próximos. A procuradora-geral do Peru, Patricia Benavides, participou da prisão.
O MP pode pedir à justiça que Castillo permaneça preso "preventivamente", uma figura que também poderia afetar o ex-chefe de gabinete, disse Barreto.
O crime de rebelião prevê pena de 10 a 20 anos.
Após a tentativa de dissolução do Congresso, o Legislativo destituiu Castillo por "incapacidade moral" e empossou eu seu lugar a vice-presidente, Dina Boluarte, em uma enxurrada de acontecimentos dramáticos neste país que sofre de uma instabilidade política crônica.