GUILLERMO LASSO

PRESIDENTE DO EQUADOR DISSOLVEU O CONGRESSO: Entenda as denúncias de corrupção e a decisão de Guillermo Lasso

Presidente do Equador dissolve Assembleia Nacional

Cadastrado por

Marcus Vinícius

Publicado em 17/05/2023 às 16:47 | Atualizado em 17/05/2023 às 21:41
Decreto do presidente do Equador, Guillermo Lasso, dissolveu Assembleia Nacional e antecipou eleições gerais - Galo PAGUAY / AFP

O presidente do Equador, Guillermo Lasso, decretou a dissolução do legislativo, provocando eleições antecipadas no país em até três meses. As informações são da AFP.

Apontado por suspeita de corrupção em contratos de transporte de petróleo, Guillermo decretou "dissolver a Assembleia Nacional por grave crise política e comoção interna", afirma o documento divulgado pela Presidência.

Devido aos altos índices de violência e descontentamento da população referente à qualidade de vida, a decisão do presidente pode favorecer a esquerda dominante e dar um fim ao governo de direita.

Segundo a constituição, em sete dias após a publicação deste decreto de dissolução, devem ser convocadas novas eleições legislativas e presidenciais para completar o atual mandato de quatro anos, que começou em maio de 2021 e termina em 2025.

"É uma decisão democrática, não só porque é constitucional, mas porque devolve ao povo equatoriano a possibilidade de decidir", afirmou o presidente do Equador em rede nacional, junto aos seus ministros.

Segundo as denúncias, Guillermo havia sido avisado sobre os contratos assinados antes de sua posse, que poderiam prejudicar o Estado. Nesta terça (16), o presidente compareceu à Assembleia Nacional para se defender das acusações de peculato.

Este contrato foi referente ao grupo internacional Amazonas Tanker, para transporte de petróleo, e acarretou em mais de 6 milhões de dólares (29,4 milhões de reais, na cotação atual) em prejuízos.

O DECRETO DE DISSOLUÇÃO DO CONGRESSO


Esta é a primeira vez que um presidente solicita a dissolução do congresso, podendo ser exercida apenas uma vez dentro dos três primeiros anos de mandato.

Em 2022, o parlamento já havia tentado destituir o presidente durante os protestos dos povos indígenas, devido ao alto custo de vida, mas faltaram 12 votos para que ele pudesse ser afastado.

Para Lasso, o ato de dissolver a Assembleia Nacional é uma forma de "dar uma saída constitucional ao Equador", um país que durante anos teve a fama de ser ingovernável.

Nesta quarta, deveria ter acontecido mais um debate sobre o julgamento político contra Lasso, mas o presidente se antecipou e ordenou a dissolução. O presidente acredita que o julgamento contra ele é "contraditório, confuso, ilegal e ilegítimo".

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