Os israelenses acordaram assustados no sábado (7) e permanecem em estado de choque devido ao ataque militar de uma organização palestina. Do outro lado, a Faixa de Gaza não há lugar seguro, a população se protege da maneira que pode do avanço da força aérea de Israel.
A "guerra", como definiu o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu começou nas primeiras horas do sábado, quando um braço armado do Hamas enviou mais de 2,5 mil foguetes da Faixa de Gaza - área controlada pelo grupo extremista desde 2007. Além disso, houve invasão por terra.
O motivo dos ataques são geopolíticos, pela disputa de territórios que já resultou em conflitos anteriores. Este, que é considerado o ataque mais letal da história, onde supera mil mortos e quatro mil feridos, teve como alvo dezenas de cidades no sul e centro de Israel, incluindo a capital Tel Aviv e Jerusalém.
Na Palestina, já foram contabilizados 312 mortos e 2 mil feridos, conforme o Ministério da Saúde na Faixa de Gaza. No lado israelense, foram mais de 700 mortes e 1.800 feridos, segundo o levantamento mais atualizado feito pela mídia local.
O governo de Israel afirma que há mais de 100 israelenses feitos de reféns pelo Hamas. Dentre eles, crianças, idosos, mulheres e militares. A captura dessas pessoas, segundo um funcionário do grupo extremista, é para trocá-los por prisioneiros palestinos que estão detidos nas prisões de Israel, nas cidades de Be'eri e Ofakim.
Analistas afirmam que os ataques terroristas pegaram Israel de surpresa. Isso porque em ataques anteriores, as autoridades estavam em alerta, cientes de que poderiam acontecer a qualquer momento. O país chefiado por Netanyahu contra-atacou com lançamento de mísseis contra vilas da fronteira.
Desta vez, o choque foi maior, porque não era esperada a invasão ao país, apontando falhas na Inteligência de Israel, uma das bem financiadas e mais sofisticadas do mundo.
Por que o Hamas está atacando Israel?
O ataque terrorista, iniciado no sábado, foi motivado pelo mais longevo conflito do planeta, entre Israel e Palestina. Os países do Oriente Médio vivem em uma região considerada sagrada para judeus, católicos e muçulmanos - e pertencia, em meio ao século XX, ao Império Otomano, de população majoritária de muçulmanos.
Com a desintegração do Império Otomano ao fim da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a Inglaterra passou a administrar o território. Houve então u, movimento de centralizar o então desejo da maioria dos judeus em terem um Estado na região, berço histórico de sua população, para se estabelecerem.
Árabes e muçulmanos, no entanto, se incomodaram com a crescente migração de judeus. Sendo ampliada pela promessa - não cumprida - da Inglaterra, de acomodar na área tanto árabes quanto judeus.