Treze dias depois do ataque a Israel, o Hamas libertou duas americanas nesta sexta-feira (20) - mãe e filha, também cidadãs israelenses - que estavam em Gaza. A decisão ocorreu em meio à crescente pressão sobre o governo israelense para que adie a invasão terrestre ao enclave para dar tempo à diplomacia. A libertação foi fruto de uma mediação de EUA e Catar, sem participação de Israel, nem troca por prisioneiros palestinos.
"QUESTÕES HUMANITÁRIAS"
O Hamas diz que concordou com a libertação por "questões humanitárias". Foram os primeiros reféns soltos desde que o grupo sequestrou cerca de 200 pessoas no ataque do dia 7, quando mais de 1,4 mil israelenses foram assassinados. Cidadãos de 41 países foram mortos ou desapareceram durante a ação, uma incursão pela fronteira sem precedentes na história do conflito. A resposta de Israel com os bombardeios ao enclave já matou quase 4 mil palestinos.
Judith Raanan, de 59 anos, e Natalie Raanan, de 17, moram em Evanston, no Estado americano de Illinois, e estavam em Israel para celebrar um feriado religioso. A família estava hospedada no kibutz Nahal Oz, perto de Gaza, quando as duas foram sequestradas. Elas foram entregues ontem à Cruz Vermelha Internacional e cruzaram a fronteira com o Egito, de onde foram levadas para Israel.
VIDA DOS REFÉNS
O Exército israelense afirmou que a maioria dos reféns está viva Segundo os militares, o Hamas também levou corpos para Gaza. Uma reportagem da Bloomberg afirma que o governos de EUA e Europa pressionam Israel para adiar a invasão terrestre e ganhar tempo em conversações secretas para obter a libertação de reféns A negociação delicada poderia fracassar a qualquer momento, segundo a reportagem.