O movimento libanês Hezbollah, apoiado pelo Irã, afirmou que lançou 62 foguetes contra uma base militar no norte de Israel neste sábado (6), em retaliação à morte do número dois do Hamas, Saleh al-Aruri, em Beirute nesta semana.
"Como parte da resposta inicial ao crime do assassinato do grande líder, o xeque Saleh al-Aruri (...) a resistência islâmica (Hezbollah) atacou a base de controle aéreo de Meron com 62 mísseis de vários tipos", afirmou o grupo libanês, um aliado importante do movimento palestino Hamas.
Um dos ataques atingiu uma casa no distrito de Saida, localizado a cerca de 25 quilômetros da fronteira entre Israel e o Líbano, segundo a Agência Nacional de Informação (ANI). O Hezbollah anunciou que cinco combatentes morreram hoje, sem divulgar detalhes.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, que começou após um ataque do grupo islamista no qual 1.140 pessoas morreram em território israelense, a fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de combates entre as forças israelenses e o Hezbollah.
A violência já deixou 180 mortos no Líbano, incluindo 134 combatentes do Hezbollah, mas também mais de 20 civis, de acordo com um balanço da AFP. No norte de Israel, nove soldados e cinco civis morreram, segundo autoridades.
O assassinato de Aruri na última terça-feira, em um reduto do Hezbollah no sul de Beirute, levantou o temor de uma escalada dos conflitos. Israel não reivindicou a responsabilidade pelo ataque.
O Exército israelense informou que detectou aproximadamente 40 lançamentos de foguetes desde o território libanês na manhã deste sábado. Sirenes antiaéreas soaram em cidades do norte de Israel e, posteriormente, nas Colinas de Golã, ocupadas por Israel.
Em discurso feito ontem, o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, alertou Israel que o grupo lançará uma resposta à morte de Aruri.