As Forças de Defesa de Israel confirmaram nesta terça-feira (30) que mataram o principal comandante militar do Hezbollah, Fouad Shukar, na operação que resultou em explosões no subúrbio de Beirute, a capital do Líbano, mais cedo. Múltiplos veículos de imprensa já haviam antecipado a informação, mas relatos de que Shukar poderia estar vivo também chegaram a circular.
Em publicação nas redes sociais, a Defesa israelense disse que Shukar, também conhecido como Al-Hajj Mohsen, era braço direito do secretário-geral do grupo militar extremista, , Hassan Nasrallah. Mohsen teria liderado os esforços contra Israel desde 8 outubro e foi responsável pelo assassinato de cidadãos israelenses, segundo a nota.
Destruição
Um ataque com foguetes de Israel em Beirute, a capital do Líbano, atingiu um prédio residencial localizado ao lado de um hospital, e fez com que metade da estrutura desabasse e atingisse o hospital. Mesmo assim, o local sofreu danos menores e ruas ao redor ficaram cobertas de escombros.
Paramédicos foram vistos carregando várias pessoas feridas para fora dos edifícios danificados, e até o momento foi confirmada uma morte e 68 pessoas feridas.
Na rua, uma empilhadeira acessava os andares superiores do prédio destruído, enquanto equipes trabalhavam na remoção de linhas de energia caídas. Multidões se reuniram para inspecionar os danos e verificar o estado de suas famílias. Alguns manifestantes protestavam em apoio ao Hezbollah.
Um morador da região que mora a 200 metros de distância do local da explosão relatou que a poeira "cobriu tudo" e que os vidros do apartamento de seu filho foram quebrados.
"Então, as pessoas desceram às ruas," ele disse. "Todos têm família. Eles foram verificar como estavam. Foi muita destruição." Ele falou sob condição de anonimato, por preocupações com sua segurança em um momento de tensão.
Resolver conflito sem escalada da guerra
O porta-voz das Forças Armadas de Israel (IDF, na sigla em inglês), Daniel Hagari, disse hoje que o país está preparado para lidar com "qualquer cenário de guerra", e afirmou que Israel prefere resolver suas questões com o Hezbollah sem levar a uma escalada na região, mas que o grupo militar tem criado riscos ao Oriente Médio diante de perseguições a israelenses.
Ele confirmou também que Israel foi bem-sucedido em sua empreitada de neutralizar o comandante militar do Hezbollah Fouad Shukar, responsável por "derramar o sangue de centenas de israelenses". Hagari destacou que, desde o início do ataque do Hamas, em 7 de outubro do ano passado, 60 mil israelenses já tiveram que se deslocar de suas casas por atos de grupos inimigos.(COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)